As faltas dos professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais durante a greve da categoria, que durou 112 dias, serão descontadas dos salários dos servidores. No entanto, não irão impactar negativamente na carreira e vida funcional de cada um. No começo da noite desta quarta-feira, a Secretaria de Estado da Educação (SEE) divulgou a síntese dos acordos firmados ao longo de três reuniões da comissão formada para discutir as reivindicações dos educadores. Na sexta-feira deverá ser publicada no Minas Gerais uma resolução com a regulamentação jurídica da decisão.
Leia Mais
Professores receberão 13º salário até a primeira quinzena de dezembroProfessores e deputados fazem reivindicações ao governoGoverno nega retornar com diretores e vices exonerados durante a greve na educação Professores acompanham na ALMG votação do projeto com as novas propostas de remuneraçãoProfessores se mobilizam para nova manifestação em Belo HorizonteGoverno deve publicar amanhã dispensa de professores substitutosO acordo prevê ainda anistia do efeito das faltas greve na vida funcional do servidor nas seguintes condições: quando a aula tiver sido reposta através de substituição; no afastamento legal do servidor durante o período de reposição; quando houver simultaneidade do horário de reposição no caso de servidor com dois cargos em escolas diferentes, devendo o mesmo optar pela reposição em um dos cargos; na impossibilidade de reposição devido a remoção ou mudança de lotação do servidor e quando o servidor cuja designação tiver se encerrado durante a greve ou antes de completada a reposição.
Outro ponto que garante aos servidores não sejam prejudicados pela falta greve se refere à aposentadoria, uma vez que a adesão ao movimento grevista não impedirá o início do processo de aposentadoria do professor que já tiver direito ao benefício. Já aqueles docentes que tinham direito a férias-prêmio e aderiram a paraisação só poderão desfrutá-la após reposição das horas/aula devidas. Os que não aderiram ao movimento e têm direito ao benefício poderão usufruí-lo a partir da publicação do acordo.
A síntese da decisão, tomada pela comissão composta por representantes do governo, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais e deputados, foi elaborada nesta quarta-feira depois de mais um encontro, que contou com a presença da secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, do subsercretário de Gestão de Recursos Humanos, Antônio Noronha, e da coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira. Todos os detalhes do acordo deverão ser publicados oficialmente na próxima sexta-feira.