Jornal Estado de Minas

Funcionário de indústria farmacêutica é preso suspeito de vender xilocaína a traficantes

O suspeito se apresentou com almoxarife da Hipolabor. A PM encontrou 10 quilos do anestésico na casa dele

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
O suposto funcionário de uma indústria farmacêutica de Belo Horizonte foi preso na tarde de domingo suspeito de vender xilocaína para traficantes do Bairro Novo Tupi, Região Norte de Belo Horizonte
O anestésico seria usado para aumentar a quantidade de cocaína vendida pelos criminosos na regiãoDe acordo com o Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), por volta de 17h28 militares foram até a casa de Rafael Magalhães da Silva, 25 anos, depois de uma denúncia anônima

O suspeito se apresentou como funcionário da Hipolabor e mostrou um crachá dizendo que é almoxarife da empresaSegundo a PM, ele se aproveitava do acesso a medicamentos para vender anestésico a traficantesA companheira dele, Pâmela Paola da Silva, de 23 anos, também foi presa suspeita de ajudar na venda do medicamentoOs dois foram flagrados por tráfico de drogas, eles guardavam em casa 10 quilos de xilocaínaCom o casal o Rotam também apreendeu R$2.614, dinheiro possivelmente recebido na venda de xilocaína e uma moto

Em nota, a Hipolabor Farmacêutica LTDA esclareceu “que a investigação dos envolvidos no esquema de desvio ilegal de matéria-prima (lidocaína) foi conduzida pela Polícia Militar a partir do registro de Boletim de Ocorrência feito pela empresa na data da ocorrênciaUma vez confirmada participação de qualquer funcionário neste esquema ilícito, o mesmo será desligado do quadro de colaboradores da empresa”.

Histórico

A indústria farmacêutica foi alvo da Operação Panaceia, realizada pela Polícia Federal em abril deste ano, depois de investigações sobre adulteração de medicamentosOs sócios da empresa são acusados de homicídio, tráfico de drogas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de cartel para fraude em licitações, adulteração de fórmulas e irregularidades na relação de consumo