O Brasil vive um problema de saúde pública por causa do uso de crack e outras drogas. Essa foi a conclusão de um estudo feito pela Confederação Nacional dos Municípios, divulgado nesta segunda-feira. Em Minas Gerais, 84,4 % dos 853 municípios tentam combater o consumo de entorpecentes.
Os dados de Minas acompanham o restante do país. Segundo o estudo, 93,9% dos municípios brasileiros registram número expressivo de consumo de drogas. O percentual levou os técnicos da CNM a concluírem que o resultado “confirma que o problema do consumo está presente quase que na totalidade das cidades brasileiras”.
De acordo com o estudo, o consumo de crack é maior do que as bebidas alcoólicas em alguns municípios brasileiros. A causa seria a facilidade facilidade de acesso à droga e o seu baixo custo. A pesquisa também revelou que a droga, se alastrou por todas as camadas da sociedade. O crack é consumido hoje por todas as classes sociais.
A falta de um órgão especializado em combate às drogas é apontada como uma das causas do cenário preocupante. Cerca de 85% das cidades pesquisadas não possuem um Conselho Municipal Antidrogas (COMAD). Apenas 19% informaram que possuem Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que é considerado a porta de entrada do usuário de drogas no Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a um tratamento gratuito. Em Minas, 135 municípios afirmaram que têm Comad e apenas 30 informaram ter CAPS.