Jornal Estado de Minas

Meninos de rua passam por crescimento forçado

Arnaldo Viana Glória Tupinambás

Meninos que estão na ruas têm acesso a sexo, álcool e outras drogas mais cedo que os demais

Depois de pisar no asfalto, não se submetem mais à autoridade do larSão constatações do serviço especial de abordagem da Prefeitura de BHA maioria tem para onde voltar, mas busca fora de casa dinheiro para comprar celular, tênis e bonés de marca.

Meninos e meninas que chegam muito cedo à ruas começam pedindo dinheiro ou comida e sobrevivem assim até os 16, 17 anos, quando já não conseguem sensibilizar tanto as pessoasEntão, passam a furtar ou se entregam ao tráfico e às drogas“Se não há transmissão de valores em casa ou na escola, eles assimilam o que lhes ensinam os chamados pais da rua”, diz Warley Silva, gerente do serviço especial de abordagem.

As abordagens são feitas por equipes especializadas, distribuídas pelas nove administrações regionais da prefeitura, para identificar o motivo da ida do menor para as ruas, o tempo de permanência e as carências de cada umWarley, como os demais especialistas no assunto, aponta maus-tratos, abandono e a necessidade de consumo como as principais causas.