A estudante de psicologia Jaqueline Souza, de 26, mora no Edifício Queen Victoria, na Rua Cobre, vizinho à FumecEla comemorou a decisão“Sem dúvidas, é uma medida que vai melhorar a vida dos moradores dos imóveis vizinhosAs pessoas que trabalham de manhã vivem um clima de tensão, com barulho intenso das sextasNinguém consegue dormir”, afirmou.
Gustavo Costa, de 21 anos, estudante de engenharia, acompanhado da namorada, Maísa Gonçalves, de 23, aluna de direito, também aprovou a limitação do horário“Sexta-feira é dia de sair para se divertir, ir a boates e festasNão muda em nada fechar os bares às 22h30, já que poucos ficam por aqui, e a maioria é de pessoas que nem estudam na escola e provocam os tumultos”, destacou Gustavo
Já o advogado Ricardo Roquete, de 30, há sete anos morador do mesmo prédio, considerou a medida um paliativo“Ótimo que tenham adotado uma ação para controlar os abusosNão é uma decisão contra as pessoas que frequentam os baresMas é pelos excessos de alguns poucos que o direito dos demais está sendo suspenso”, disse.
Baderna
Um dos cinco comerciantes que assinaram o acordo com o Ministério Público, Rodrigo Chiabi diz que terá prejuízos com o fechamento antecipado às sextas“É quando vendemos maisEstamos sendo punidos pelos abusos de pessoas que nem são nossos clientesSão os que colocam som alto nos veículos e promovem badernasNosso ambiente é fechado, tranquilo e não tem som mecânicoVamos fechar no horário determinado, mas não há garantia de que o tumulto na rua acabeEspero que sim, pois precisamos trabalhar”
Há quatro anos dono do Bar Verdinho, que fica em frente à Fumec, Chiabi já estampou cartaz com a proibição do uso de som de carros no localMas admite que poucos são os que respeitam o avisoO comerciante Bruno Cambraia de Carvalho, do Brasa Spetim, um dos dois bares da Rua Oliveira, também frequentados por alunos da universidade, disse que não foi informado do acordo“No meu caso não faria diferença, pois fecho às 23h, como forma de manter a política da boa vizinhança Não fomos comunicados sobre a reunião com o Ministério Público, embora o problema de tumulto se limite à Rua CobreAqui, quando surge alguém com som de carro alto, pedimos para desligar”, disse.