A alça de ligação entre a MG-030, em Nova Lima, na região metropolitana, e a BR-356, no sentido da capital mineira, finalmente vai se tornar realidade. O convênio para o início das obras será assinado nesta quarta-feira no Ministério Público, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Associação dos Empreendedores dos Bairros Vila da Serra e Vale do Sereno. O motorista que sai dessas regiões em direção a BH passará pelo pontilhão abaixo da estrada de ferro, fará a curva para pegar a descida e, em vez de seguir pelo Bairro Belvedere, passará pela trincheira que ligará a MG diretamente à BR. A via terá três pistas. Uma delas dará acesso ao Belvedere e ao BH Shopping, outra sairá na rodovia e a terceira vai se sobrepor à trincheira, sendo o caminho de volta a Nova Lima.
O processo de licitação será aberto ainda este ano. A construtora vencedora deve ser anunciada até o início de fevereiro. A previsão é de que as obras comecem em março e terminem até o fim de 2012. As intervenções são resultado do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em junho entre o Ministério Público de BH e Nova Lima, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, a Associação do Residencial Unifamiliar do Vale dos Cristais, a Prefeitura de Nova Lima e a Associação do Empreendedores dos Bairros Vila da Serra e Vale do Sereno. As obras foram definidas pelo TAC como medida compensatória pelo impacto dos empreendimentos dos bairros do município vizinho de BH.
Recursos
A alça viária será construída com o dinheiro que está na Justiça e hoje gira em torno de R$ 3,7 milhões. O restante do orçamento, estimado em cerca de R$ 8 milhões, será custeado pelo empreendedores. Segundo Walmir Braga, o acordo firmado entre os envolvidos contempla algumas fases. A primeira é a construção da trincheira da descida de Nova Lima. A segunda obrigação é de que todos as autorizações ambientais de grande porte devem se submeter ao licenciamento corretivo estadual por causar impactos em duas cidades. A terceira é que os construtores paguem o estudo socioambiental e ecológico com o objetivo de verificar o que ocorreu na região que vai do Vale dos Cristais até o Alphaville no período de 20 anos atrás e as consequências para os próximos 10.