Das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, na Pampulha, para o aterro sanitário da BR-040, no Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte
A árvore também receberá visita, na segunda-feira, às 11h, de vereadores da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara de BHOs parlamentares promoverão ainda audiência pública sobre a derrubada e controle da vida útil das árvores da cidade.
Apenas este ano, foram ao chão na capital antes conhecida como Cidade Jardim 11,3 mil árvores, número ainda maior que os 10,7 mil cortes do ano passadoO plantio não ocorreu na mesma velocidade, e nos últimos dois anos o déficit já é de mais de 7,7 mil árvoresO desmatamento neste ano está principalmente relacionado às obras para a Copa do Mundo
As 499 árvores cortadas da Avenida Cristiano Machado, entre elas ipês, saboneteiras e sibipurunas, tiveram destino mais nobre, segundo a prefeitura: as mãos dos artesãos do Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor da organização Mãos de MinasAs 650 árvores cortadas no estádio Mineirão também foram destinadas a 200 artesãos“Nesse caso, acho bem louvável, mas minha dúvida é se todas as árvores deveriam ser cortadasOs projetos de engenharia são feitos na prancheta e não há preocupação em adaptá-los a uma condição natural”, afirma o biólogo João Renato Stehmann, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas GeraisA administração municipal não esclareceu por que, no caso dos exemplares removidos na Antônio Carlos/Pedro I, não manteve a decisão de doar a madeira para artesanato.
Como lucrar com a floresta urbana
O gerente de programas sociais do Child Fund Brasil, Dov Rosenmann, chama atenção para a possibilidade de o município lucrar com os resíduos do corte e aproveitar os recursos para melhoria da arborização da cidade“Não é sair cortando as árvores da cidade, mas saber como fazer o manejoNão é correto enviar para o aterro resíduos que podem ser aproveitados Estamos perdendo um potencial enorme cuja receita poderia ser usada para um desenvolvimento mais sustentável da cidade”, afirma.
A partir da ideia de uma cidade sustentável, a organização apresentou à prefeitura projeto sobre como os resíduos de corte e poda de árvores de BH poderiam ser usados“ O gerenciamento dessa floresta urbana pode levar ao beneficiamento de madeiras nobres, à confecção de canetas, lápis ou material de escritório