O símbolo da luta em defesa do meio ambiente em Belo Horizonte continuará de pé. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente recuou nessa sexta-feira da decisão de cortar o exemplar da espécie sete-cascas da Praça da Savassi, na Região Centro-Sul, e prometeu iniciar estudos, na próxima semana, para o escoramento e a manutenção da planta no local. O anúncio foi feito pelo secretário Sérgio Lima-Braga, depois que defensores do meio ambiente o interpelaram durante um caloroso debate à sombra da árvore, já parcialmente mutilada por motosserras a serviço da prefeitura.
A empresa CPRM/ Serviços Geológicos do Brasil, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foi contratada pela administração municipal para fazer estudos do solo na Praça da Savassi e apurar se a profundidade da camada de terra no local é suficiente para o enraizamento da árvore, que há duas semanas está no centro de uma queda de braço entre a prefeitura e ambientalistas.
Com 20 metros de altura e 30 anos estimados, ela começou a ser cortada no último dia 11, depois que um laudo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente apontou risco de queda do espécime, supostamente plantada sobre o asfalto e sem espaço adequado para o crescimento das raízes. A supressão só foi interrompida depois que um grupo de pessoas cercou a árvore e obrigou os operários com motosserras a se retirarem.
Os laudos da prefeitura são questionados por biólogos, arquitetos e engenheiros agrônomos que prestam apoio técnico à Sociedade Ecologia Urbana, entidade que defende a permanência da sete-cascas. O estudo da CPRM está previsto para começar na semana que vem e os resultados devem ser conhecidos em, no máximo, 15 dias.
“Vamos fazer sondagens no terreno por meio de hastes e eletrodos que emitem sinais elétricos. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai ceder os equipamentos e vamos dar suporte técnico para avaliar se a espessura de solo existente entre a superfície e a camada de asfalto é suficiente para dar sustentabilidade a uma árvore desse porte”, explicou o engenheiro civil e gerente de hidrologia e gestão territorial da CPRM, Márcio de Oliveira Cândido.
Críticas
Colocado numa “saia justa” pelos defensores da árvore, o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Lima-Braga, prometeu reunir todos os esforços para preservar a sete-cascas na Praça da Savassi. “Vamos ao extremo para salvá-la e quero transformar essa árvore em símbolo da vida”, disse. Em meio a dezenas de questionamentos e ataques verbais do grupo que se reuniu nessa sexta-feira no local, o secretário aceitou diversas propostas, entre elas a de discutir o assunto na próxima reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), na quarta-feira, e a de abrir um concurso público para que os cidadãos sugiram formas de salvar a árvore.
Num caloroso debate com a arquiteta responsável pelo projeto de revitalização da Savassi, Edwiges Leal, o secretário também lançou o desafio de transformar a árvore numa escultura viva. “O Sérgio está sendo demagogo e fazendo palanque com esse debate debaixo da sete-cascas, mas, pelo menos, ele prometeu que a árvore não será cortada. O que depender do nosso escritório será feito, com projetos e especialistas, para tentar soluções estéticas e agradáveis para salvar a árvore”, afirmou Edwiges.
Com duras críticas à política de cortes da prefeitura, que já retirou das ruas 11,3 mil árvores apenas este ano, defensores do meio ambiente lamentaram que o encontro com o secretário tenha sido marcado sem mais antecedência. “Debaixo da árvore fazemos é piquenique, não reuniões. Queremos uma audiência pública agendada com maior prazo para que todos possam participar. É importante transformar a sete-cascas num símbolo, mas a preservação dela não pode encobrir a derrubada de tantas outras na cidade”, disse Leda Leonel, arquiteta e uma das organizadoras do movimento em defesa da espécime.
Conforme o Estado de Minas mostrou esta semana, em obras para receber a Copa do Mundo, BH derrubou, nos últimos dois anos, 22 mil árvores. A reposição de mudas não ocorre no mesmo ritmo e a cidade acumula um déficit de 7,7 mil árvores.
A empresa CPRM/ Serviços Geológicos do Brasil, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, foi contratada pela administração municipal para fazer estudos do solo na Praça da Savassi e apurar se a profundidade da camada de terra no local é suficiente para o enraizamento da árvore, que há duas semanas está no centro de uma queda de braço entre a prefeitura e ambientalistas.
Com 20 metros de altura e 30 anos estimados, ela começou a ser cortada no último dia 11, depois que um laudo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente apontou risco de queda do espécime, supostamente plantada sobre o asfalto e sem espaço adequado para o crescimento das raízes. A supressão só foi interrompida depois que um grupo de pessoas cercou a árvore e obrigou os operários com motosserras a se retirarem.
Os laudos da prefeitura são questionados por biólogos, arquitetos e engenheiros agrônomos que prestam apoio técnico à Sociedade Ecologia Urbana, entidade que defende a permanência da sete-cascas. O estudo da CPRM está previsto para começar na semana que vem e os resultados devem ser conhecidos em, no máximo, 15 dias.
“Vamos fazer sondagens no terreno por meio de hastes e eletrodos que emitem sinais elétricos. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai ceder os equipamentos e vamos dar suporte técnico para avaliar se a espessura de solo existente entre a superfície e a camada de asfalto é suficiente para dar sustentabilidade a uma árvore desse porte”, explicou o engenheiro civil e gerente de hidrologia e gestão territorial da CPRM, Márcio de Oliveira Cândido.
Críticas
Colocado numa “saia justa” pelos defensores da árvore, o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Lima-Braga, prometeu reunir todos os esforços para preservar a sete-cascas na Praça da Savassi. “Vamos ao extremo para salvá-la e quero transformar essa árvore em símbolo da vida”, disse. Em meio a dezenas de questionamentos e ataques verbais do grupo que se reuniu nessa sexta-feira no local, o secretário aceitou diversas propostas, entre elas a de discutir o assunto na próxima reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), na quarta-feira, e a de abrir um concurso público para que os cidadãos sugiram formas de salvar a árvore.
Num caloroso debate com a arquiteta responsável pelo projeto de revitalização da Savassi, Edwiges Leal, o secretário também lançou o desafio de transformar a árvore numa escultura viva. “O Sérgio está sendo demagogo e fazendo palanque com esse debate debaixo da sete-cascas, mas, pelo menos, ele prometeu que a árvore não será cortada. O que depender do nosso escritório será feito, com projetos e especialistas, para tentar soluções estéticas e agradáveis para salvar a árvore”, afirmou Edwiges.
Com duras críticas à política de cortes da prefeitura, que já retirou das ruas 11,3 mil árvores apenas este ano, defensores do meio ambiente lamentaram que o encontro com o secretário tenha sido marcado sem mais antecedência. “Debaixo da árvore fazemos é piquenique, não reuniões. Queremos uma audiência pública agendada com maior prazo para que todos possam participar. É importante transformar a sete-cascas num símbolo, mas a preservação dela não pode encobrir a derrubada de tantas outras na cidade”, disse Leda Leonel, arquiteta e uma das organizadoras do movimento em defesa da espécime.
Conforme o Estado de Minas mostrou esta semana, em obras para receber a Copa do Mundo, BH derrubou, nos últimos dois anos, 22 mil árvores. A reposição de mudas não ocorre no mesmo ritmo e a cidade acumula um déficit de 7,7 mil árvores.