Jornal Estado de Minas

Árvore da Savassi ganha sobrevida

Paula Sarapu
O futuro da árvore da espécie sete-cascas da Praça da Savassi, que se tornou símbolo da preservação da natureza em Belo Horizonte, volta a ser discutido hoje em reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente
Uma das possibilidades para garantir de sua sobrevivência é o escoramento solidário com outra árvore, o que deve ser tratado durante o encontroAmbientalistas dos movimentos “Olhe bem as Árvores” e “Sociedade de Ecologia Urbana” também participam da reunião extraordinária em que a secretaria apresentará os primeiros dados do Inventário das Árvores de BH, que já tem mais de 3 mil espécimes catalogados, e o programa de plantio de 54 mil na capital, até março.

Comunidade Verde

Conforme o Estado de Minas mostrou semana passada, 22 mil árvores foram derrubadas nos últimos dois anos na cidade, em obras para receber a Copa do MundoSó em 2011, foram retirados 11,3 mil espécimes, mas a reposição de mudas não ocorre no mesmo ritmo, e a cidade acumula um déficit de 7,7 mil árvoresPor conta de uma mobilização popular, pelo menos a sete-cascas da Praça da Savassi deve ficar livre da motosserraCom 20 metros de altura e 30 anos estimados, a árvore começou a ser cortada no dia 11, depois que um laudo da secretaria indicou risco de queda.

Segundo a pasta, a árvore provavelmente foi plantada sobre o asfalto e não havia espaço suficiente para o crescimento das raízesBiólogos, arquitetos e engenheiros agrônomos que prestam apoio técnico à Sociedade Ecologia Urbana questionam o laudo da secretariaO secretário municipal de Meio Ambiente, Sérgio Lima-Braga, garantiu que a árvore não seria derrubada, prometendo estudos para preservá-la