A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de ligação com o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, no Bairro Serrano, Região da Pampulha em Belo Horizonte. Rodrigo Garcia Pessoa Lara, 27 anos, e Fábio Moreira Campos, 28 anos, foram detido na manhã desta quinta-feira durante a Operação Scriptus. Ele são sócios de uma empresa de cobrança que, segundo investigações da polícia carioca, recebeu R$ 30 mil de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico no Complexo do Alemão (RJ). Na conta deles houve movimentação de até R$ 10 milhões, segundo levantamentos da polícia.
Equipes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo participam da operação e cumprem 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. Durante a ocupação da favela no ano passado, a polícia carioca encontrou 14 retalhos de papel pautado, com manuscritos de Fernandinho Beira Mar. Eram instruções para membros do Comando Vermelho, facção liberada pelo traficante. O material apreendido revelou o esquema responsável pela obtenção de grande parte das armas e drogas na comunidade, além de apontar como era feita a lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, cerca de dez toneladas de maconha, das 40 apreendidas durante a operação de ocupação, chegaram ao Complexo do Alemão por meio do esquema montado pelo traficante.
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Polícia procura em BH criminosos ligados a Fernandinho Beira-Mar e tráfico no Rio Traficante Roni Peixoto, braço direito de Beira-Mar, passa para regime domiciliarTrês suspeitos de lavagem de dinheiro do tráfico no Rio são presos em BHEstudante mineiro envolvido com Beira-Mar já estava na mira da PFSuspeitos de envolvimento com esquema de Beira-Mar negam lavagem de dinheiroGrandes quantias de dinheiro eram depositado nas contas bancárias de aliados que se associaram ao grupo criminoso, exercendo o papel de “agentes depositantes”. Rodrigo e Fábio são suspeitos de fazer parte desse grupo. A polícia descobriu essa ligação por meio de um extrato bancário. Durante as apurações, a Polícia Civil fez o bloqueio e sequestro dos saldos das contas bancárias envolvidas no esquema, por onde circulavam mais de R$ 20 milhões.
A partir daí seguem as investigações e será possível atingir o patrimônio dos bandidos, construído com dinheiro ilícito. As pessoas envolvidas no esquema, e procuradas na operação de hoje, podem responder por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.