Os sete integrantes da torcida Galoucura que foram presos acusados da morte do cruzeirense Otávio Fernandes, no fim de 2010, foram ouvidos na tarde desta quinta-feira no 2º Tribunal do Júri, do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Na primeira declaração dos réus à Justiça eles negaram que estariam envolvidos na Briga. “Eles confirmaram a versão apresentada na Polícia Civil. Que não estavam envolvidos, não aparecem em nenhuma filmagem e não foram reconhecidos por testemunhas”, afirma o advogado Dino Miraglia, que defende os torcedores.
A expectativa agora é pela pronúncia do juiz, que vai decidir se os réus vão ou não a júri popular. Porém, antes disso, o Ministério Público tem que fazer as alegações finais. Após isso, a defesa também irá se manifestar.
Entenda o caso
O crime ocorreu em 27 de novembro do ano passado, depois que um grupo de atleticanos saiu de um ginásio poliesportivo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde acompanhava um torneio de vale-tudo. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança de um shopping ao lado do complexo. Além de Otávio, três cruzeirenses foram agredidos, mas sobreviveram aos ferimentos.
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. A Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.
Confira as imagens da agressão
