Jornal Estado de Minas

Membro do Bando da Degola vai a júri popular na quarta-feira

O estudante de direito, Arlindo Soares Lobo, responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, extorsão, destruição de cadáver

Luana Cruz

Arlindo Soares Lobo deixando o Fórum Lafayette sob escolta policial em audência no dia 28 de setembro de 2010 - Foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press. Brasil.

Será julgado na quarta-feira um dos acusados de envolvimento na morte dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em abril de 2010, em um apartamento no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo HorizonteO estudante de direito Arlindo Soares Lobo, 34, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, extorsão e destruição de cadáverEle vai a júri popular às 8h30, no Fórum Lafayette, na capital

Arlindo está detido na Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão Neves, na Grande BHA defesa do réu afirma que ele está confiante pela absolviçãoJunto com outros sete réus, ele é acusado de fazer parte do Bando da DegolaO grupo é acusado de torturar, assassinar e decapitar os empresários

Segundo o inquérito da Polícia Civil, a trama macabra do crime começou no dia 7 de abril, com a captura e tortura de RayderO empresário foi extorquido e ameaçado no próprio apartamentoAs mortes dele e do sócio aconteceram no dia 9Depois de matar as vítimas, integrantes do bando teriam cortado dedos e cabeças dos corpos, para dificultar a identificação

Veja a cronologia do crime.

O líder do bando e estudante de direito Frederico Flores está preso, assim como ArlindoNa mesma situação estão os cabos da PM Renato Mozer e André Bartolomeu e o garçom Adrian GrigorceaA médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evangélico Sidney Beijamin respondem o processo em liberdade

O advogado de Arlindo, Marco Antônio Siqueira, disse que o cliente, em depoimentos prestados nas fases investigatória e judicial, demonstrou ser uma pessoa de boa índoleSegundo o defensor, o réu nunca teve passagem pela polícia.