Jornal Estado de Minas

Justiça nega mais um pedido e mantém integrantes da Galoucura presos

Eles são acusados de espancar até a morte um torcedor do cruzeiro no ano passado

Daniel Silveira

Fracassada mais uma tentativa de libertar os cinco integrantes da Galoucura, presos acusados de participar do assassinato brutal de um torcedor do Cruzeiro no Bairro Sion

O pedido de reconsideração em habeas corpus apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi negado pela ministra Laurita Vaz, que considera prudente manter os réus presos até o julgamento.

O presidente da torcida organizada, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, o diretor Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, João Paulo Celestino de Souza, conhecido como Grilo, e Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé, se entregaram à Justiça em outubro, depois da decretação da prisão cautelar.

A defesa dos acusados insiste no argumento de que houve constrangimento ilegal na prisão cautelar de seus clientesOs advogados alegam que a Justiça só decretou a prisão deles por causa do clamor público causado pelo crime, ou seja, pela comoção e indignação da sociedade diante daquele assassinato, cujas cenas foram registradas pelas câmeras de um shopping e amplamente divulgadas.

A ministra Laurita Vaz considerou que o pedido da defesa não é plausível e que o cárater de urgência alegado pelos advogados não procedeAo emitir sua decisão, a ministra explicou que a liminar em habeas corpus só é concedida em circunstâncias excepcionais as quais o caso não se enquadra“O pedido se confunde com o mérito da impetração, razão pela qual reservo ao órgão colegiado, em momento oportuno, o pronunciamento definitivo sobre o tema”, completou a ministraO mérito do recurso ainda será analisado pela Quinta Turmado STJ

O crime ocorreu em 27 de novembro de 2010, quando torcedores do Atlético espancaram até a morte um cruzeirense na saída de um evento esportivo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado.

 

Relembre como foi o crime: