O temporal que atingiu Belo Horizonte e Região Metropolitana de Belo Horizonte na noite desta terça-feira trouxe os transtornos já esperados em dias de chuva forte. Ruas alagadas, casas inundadas e falta de energia elétrica foram os problemas mais constatados. Não houve registro de vítimas.
A dona de casa Elizabeth Caldeira Campos, de 50 anos, mora no Conjunto Lagoa e relata que a situação lá estava caótica. “Tem casa que a água chegou a cobrir quase tudo. Vários vizinhos vieram se abrigar aqui em casa. Felizmente com a ajuda de alguns vizinhos eu consegui subir todos os móveis”, conta. Ela destaca que não só a rua Marta Gonçalves Camila ficou alagada, como também a Pamplona e a Andorras. A inundação seria causada por causa do transbordamento do córrego localizado.
Elizabeth destacou ainda que alguns moradores precisaram se abrigar no telhado. “Só dá para sair daqui hoje se for de bote”. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil foram para o local prestar socorro e auxílio aos moradoreds do Conjunto Lagoa.
Segundo a Comdec, só na região Noroeste da capital choveu, até as 21h34, 44,2 milímetros cúbicos de água. Em seguida, as Regiões mais atingidas foram a da Pampulha, com volume de chuva de 43,6 mm, o Barreiro, com 41,4 mm, a Centro-Sul, com 37,8 mm e a Oeste com 32,6 mm. Na Região Oeste foi registrado 18,6 mm e em Venda Nova 16,8.
Falta de Luz
A Cemig afirmou que não houve registro de muitos imóveis no escuro. Segundo a assessoria de imprensa da Companhia, a falta de energia elétrica atingiu pequenas áreas isoladas da Região Metropolitana.
Recorde histórico
Com a chuva que atingiu a capital mineira entre essa segunda e terça-feira, a cidade atingiu a marca de 659,4 milímetros acumulados para todo o mês. O volume é o maior para o período desde 1910. Para se ter uma ideia, a média esperada era de 319,4 mm, ou seja, choveu mais do que o dobro do esperado. O recorde anterior foi registrado em 1987, onde foram computados 644,4 mm.