Motoristas que passam pelo Anel Rodoviário devem ficar atentos com estragos na pista causados pela chuva e ter muita paciência, na manhã desta terça-feira. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, no Km 19, próximo ao viaduto São Francisco, parte da pista cedeu novamente e o trânsito, no sentido BH/Vitória, o trânsito de veículos flui em apenas uma faixa. Conforme a polícia, a trânsito está lento na região e congestionamento já chega a cerca de dois quilômetros.
Na segunda-feira, o major Aguinaldo Lima de Barros, subcomandante da Polícia Rodoviária Estadual explicaou que um engenheiro do Dnit foi até o local, fez mais uma vistoria e recomendou a liberação de apenas uma das três pistas. O mesmo problema no viaduto foi detectado há 15 dias, quando técnicos do Dnit constataram rachaduras no pavimento, fechando duas faixas. O problema havia sido resolvido com uma mistura de asfalto e areia, mas com a chuva as fissuras voltaram. Os danos foram atribuídos aos moradores das áreas invadidas ao longo da via. Eles estariam entupindo as canaletas para a água da chuva não alagar suas residências.
Caos na pista
O Anel Rodoviário passou por mais um dia de problemas na segunda-feira. No primeiro quilômetro da via, no Bairro Olhos d’Água, na Região Oeste da capital, uma barreira caiu, atingiu um carro e deixou a pista totalmente fechada por três horas, causando um congestionamento de mais de sete quilômetros, com consequências nos dois sentidos da BR-040. Seguindo pelo Anel por mais 18 quilômetros outra interdição de duas pistas, durante todo o dia, no viaduto do Bairro São Francisco, na Região da Pampulha, no sentido Vitória (ES).
A empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) levou mais de três horas para retirar a terra da pista, o que provocou um imenso congestionamento até a BR-040. O major Aguinaldo Lima de Barros entende que diante da intensidade da chuva não é possível prever mais quedas de barreiras. “Não havia nenhum indício de que poderia haver um deslizamento neste local”, justifica.
No fim de dezembro, o Estado de Minas percorreu os 26,5 quilômetros do Anel Rodoviário e mostrou, em companhia de uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual, 11 trechos em que o risco de acidentes é grande, devido à possibilidade de deslizamento de encostas, alagamentos, estreitamentos de pista, sinalização inadequada, más condições do asfalto, buracos e travessia de pedestre, todos agravados pela chuva.