“Em cartório eles se negaram a falar sobre os fatosAlegaram que já haviam prestado os esclarecimentos perante o procedimento administrativo da Polícia Militar”, revela o delegado Hugo ArrudaUm dos militares compareceu à delegacia pela manhã e outro à tarde.
Após a morte de Alex, os dois PMs teriam afirmado que agiram em legítima defesa e que teriam invadido a casa do jovem para socorrer a mulher e o filho dele que estariam sendo mantidos refénsNo entanto, os parentes da vítima teriam alegado que dias antes um dos policiais teria se envolvido numa discussão com Alex dentro de um supermercado, sugerindo que o crime, praticado na véspera do Natal, tenha sido uma vingança.
A mulher de Alex já foi ouvida pelo delegado, no entanto ele prefere manter as informações prestadas por ela sob sigilo, com o objetivo de não comprometer as investigações“No momento oportuno iremos divulgar se houve legítima defesa ou não”, garantiu.
Segundo o delegado, ele ainda ouvirá outras testemunhas do crime e espera também a conclusão de alguns laudos periciaisAlém disso, a reprodução simulada do crime poderá contribuir para o devido esclarecimento do fato.
Prisão temporária
No último dia 5 os dois policiais foram presos em cumprimento de um mandado judicial de prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, solicitado pelo delegado Hugo ArrudaOs dois PMs são lotados na 1ª Companhia de Missões Especiais de ContagemUm deles foi detido na sede do 34º Batalhão da PM, no Bairro Caiçara, Região Noroeste da capital, e o outro no 41º Batalhão, no Barreiro.