A interdição na Rua Laura Soares Carneiro, onde estão os prédios com risco de desabamento, na Avenida Protásio de Oliveira Penna, via abaixo dos edifícios, e na Rua Doutor Célio de Andrade, um dos acessos à área, complica a situação de pelo menos 40 quarteirões da região delimitada pela Rua José Hemetério Andrade, Avenida Professor Mário Werneck e Rua Alessandra Salum Cadar
Na Rua José do Patrocínio Carneiro, que faz esquina com a via dos prédios condenados, um buraco interditou toda a pistaInicialmente havia um espaço, que era a conta da passagem para os veículos pequenosMas, nessa quinta-feira, o quarteirão também foi interditado para obra no localA cratera gigante está exatamente no espaço entre as duas garagens do prédio onde mora a dona de casa Sirlei Moreira, de 39 anosA entrada dos carros é feita pela rua do buraco, mas a entrada dos pedestres é pela Laura Soares“Tenho medo de o tamanho aumentar e daqui a pouco vou ficar presa em casaNão vou poder sair pela rua do prédio que caiu nem pela rua da minha garagem”, disse Sirlei
Outro problema observado pela dona de casa é o aparecimento de trincas na garagem
Em frente ao buraco, enquanto ainda era possível passar, o carro do motorista Fabiano Gonçalves quase não coube no espaço livreEle passa no local seis vezes por dia e tem medo que outros buracos acabem complicando de vez a situaçãoJá que o trânsito foi fechado nessa quinta-feira, o jeito é passar pela Rua Francisco Fernandes dos Santos, aumentando o transtorno“Minha esposa já perdeu um pneu nessa cratera antes de ela aumentar tantoAlguma coisa precisa ser feita”, alertou
A Copasa informou que não há nenhum problema com as redes de água e esgoto e atribuiu a responsabilidade à prefeituraA Regional Oeste começou a fazer drenagem no local e a água precisa abaixar para a colocação do asfaltoA previsão é de que o trabalho seja feito até o fim do dia de hoje
As mudanças no itinerário da linha de ônibus 8208 (Buritis/Santa Cruz) atrapalharam a vida da aposentada Cláudia OliveiraEla disse que o ponto de ônibus da Protásio teve de mudar e, por isso, sobe dois morros a mais (veja quadro)“Agora, prefiro descer na Mário WerneckMinhas pernas estão doendo”, reclamouA Célio de Andrade, alternativa para muitos motoristas, está um verdadeiro campo minado“O tráfego está pesado e sair da garagem ficou perigoso”, disse o funcionário público Geraldo Leonel.