A interdição na Rua Laura Soares Carneiro, onde estão os prédios com risco de desabamento, na Avenida Protásio de Oliveira Penna, via abaixo dos edifícios, e na Rua Doutor Célio de Andrade, um dos acessos à área, complica a situação de pelo menos 40 quarteirões da região delimitada pela Rua José Hemetério Andrade, Avenida Professor Mário Werneck e Rua Alessandra Salum Cadar. Além da confusão gerada pelas alterações no trânsito, o fluxo de veículos por ruas que não recebiam tráfego constante acabou com o asfalto em vários pontos. E as chuvas contribuíram para piorar a situação e causar mais transtornos a motoristas e moradores.
Outro problema observado pela dona de casa é o aparecimento de trincas na garagem. Já é possível ver um desnível de dois centímetros no pavimento. “A água da chuva desce como cachoeira, e já percebemos uma trinca entre o prédio e o passeio”, afirmou.
Em frente ao buraco, enquanto ainda era possível passar, o carro do motorista Fabiano Gonçalves quase não coube no espaço livre. Ele passa no local seis vezes por dia e tem medo que outros buracos acabem complicando de vez a situação. Já que o trânsito foi fechado nessa quinta-feira, o jeito é passar pela Rua Francisco Fernandes dos Santos, aumentando o transtorno. “Minha esposa já perdeu um pneu nessa cratera antes de ela aumentar tanto. Alguma coisa precisa ser feita”, alertou.
A Copasa informou que não há nenhum problema com as redes de água e esgoto e atribuiu a responsabilidade à prefeitura. A Regional Oeste começou a fazer drenagem no local e a água precisa abaixar para a colocação do asfalto. A previsão é de que o trabalho seja feito até o fim do dia de hoje. Sobre a situação de todas as ruas afetadas, a regional informou que continua com a operação tapa-buraco nos locais onde houver necessidade e que será feita requalificação das vias assim que os problemas com os prédios estiverem resolvidos. Sobre a Rua Laura Soares Carneiro, a recuperação se dará somente quando houver contenção no local do desmoronamento e o problema da encosta estiver resolvido.
As mudanças no itinerário da linha de ônibus 8208 (Buritis/Santa Cruz) atrapalharam a vida da aposentada Cláudia Oliveira. Ela disse que o ponto de ônibus da Protásio teve de mudar e, por isso, sobe dois morros a mais (veja quadro). “Agora, prefiro descer na Mário Werneck. Minhas pernas estão doendo”, reclamou. A Célio de Andrade, alternativa para muitos motoristas, está um verdadeiro campo minado. “O tráfego está pesado e sair da garagem ficou perigoso”, disse o funcionário público Geraldo Leonel.