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Estado de Minas

Construtora quebra silêncio e reclama de decisão judicial para demolição de prédio no Buritis

Funcionários da empresa acompanharam uma vistoria feita no segundo imóvel do Condomínio Art de Vivre. Os laudos estão sendo avaliados pela PBH que vai decidir de derruba ou não o prédio


postado em 16/01/2012 19:35 / atualizado em 16/01/2012 19:51

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
 

A Podium Engenharia, finalmente, decidiu se pronunciar sobre a demolição de um dos prédios do Condomínio Art de Vivre. Por meio de nota divulgada no começo da noite desta segunda-feira, a empresa disse que não se manifestou sobre a derrubada do imóvel por achar o prazo estipulado pela Justiça insuficiente. Pela manhã, funcionários da construtora acompanharam a vistoria feita pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros na segunda torre do conjunto localizada na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. Os laudos já foram entregues à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e à Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, que vão avaliar o destino do imóvel.

No comunicado à imprensa, a Podium afirmou que só vai se pronunciar sobre a possível demolição do segundo prédio após receber o posicionamento do órgão sobre as condições do imóvel.

Sobre a decisão judicial para a demolição da primeira torre, a empresa disse que foi uma ação impositiva do judiciário, visto que não houve negociações, avaliações de danos e até de custos sobre o procedimento. Para a Podium “a Prefeitura de BH arcou com os riscos físicos e jurídicos da ação, tomando uma atitude direta, unilateral, sendo que não foram tomadas ações preventivas e foram ignorados os pedidos de solucionar danos estruturais da rua que foram pedidos em várias oportunidades pela empresa e por moradores da Rua Laura Soares”.

Nesta segunda-feira, funcionários da prefeitura retiram o entulho do imóvel demolido no Condomínio Art de Vivre. Máquinas trabalharam na retirada dos escombros de concreto armado, pedras e cabeamento que foram levados para o aterro municipal na BR-040. A remoção total dos escombros do primeiro prédio derrubado dependerá da definição dada ao segundo imóvel.

O conjunto de prédios está interditado desde outubro de 2011 por causa de risco de desabamento. O edifício vizinho, Vale dos Buritis desabou e deixou um perigo ainda maior. Inicialmente a Justiça deu prazo de 48 horas para a Podium Engenharia, responsável pelo Art de Vivre, providenciar a demolição. Mas, diante do silêncio da empresa e da impossibilidade de acioná-la juridicamente o juiz Renato Luís Dresch deu à PBH autonomia para a derrubada.

Veja a nota da Podium Engenharia na íntegra

A PODIUM Engenharia informa que acompanhou hoje a vistoria promovida pela Defesa Civil juntamento com o Corpo de Bombeiros e ABMS-Associação Brasileira de Mecanica dos Solos e Engenharia Geotecnica e ABECE-Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural, visando nova  avaliação da segunda torre do Art de Vivre na Rua Laura Soares Carneiro. A empresa vai se pronunciar após receber  o posicionamento do órgão sobre o estado do prédio e sobre ações que serão tomadas.

Outra informação é sobre a demolição da primeira Torre. A PODIUM não se manifestou sobre os eventos de sexta-feira(13) e sábado(14),  diante do  prazo conforme a ordem judicial, de 48 horas, prazo insuficiente para demolir a construção  e também por ser uma ação impositiva do judiciário, visto que não houve negociações, avaliações de danos e até de custos sobre o procedimento. Portanto, a empresa crê que a Prefeitura de BH arcou com os riscos físicos e jurídicos da ação, tomando uma atitude direta, unilateral, sendo que não foram tomadas ações preventivas e foram ignorados os pedidos de solucionar danos estruturais da rua que foram pedidos em várias oportunidades pela empresa e por moradores da Rua Laura Soares. A PODIUM não se pronunciou e decidiu aguardar o desenrolar dos fatos além de continuar na coletar provas e dados que comprovam sua ausência de responsabilidade nas falhas estruturais das edificações sob sua tutela. 

Não houve um momento de ignorar o judiciário como fora dito em veículos de imprensa, por autoridades do município e até de associações de moradores do Buritis. O problema é de data anterior ao do caso dos prédios. E muito menos de ignorar os moradores. Desde o início deste processo houve tentativas de acordos e a suspensão de pagamentos das mensalidades para realocação dos recursos dessas famílias para custear despesas pessoais.A PODIUM continuará a seguir este caminho de trazer à tona mais dados e buscará sim solucionar o quanto antes pendências que em alguns momentos só serão solucionadas judicialmente.


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