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Estado de Minas

Prefeitura vai construir muro de arrimo em terreno adjacente à rua em que prédio caiu no Buritis

Enquanto isso, moradores permanecem à deriva


postado em 19/01/2012 06:00 / atualizado em 19/01/2012 08:54

Contenção da área adjacente à Rua Laura Soares Carneiro deve começar logo(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Contenção da área adjacente à Rua Laura Soares Carneiro deve começar logo (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai iniciar, a qualquer momento, a construção de uma barreira de contenção do terreno de propriedade da Podium Engenharia, na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste da capital, onde um bloco do Condomínio Art de Vivre foi demolido e o outro corre risco de queda. A informação é do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que ontem participou de solenidade de entrega de recursos do Ministério da Integração Nacional aos municípios mineiros atingidos pela chuva, na Cidade Administrativa, sede do governo estadual. “O empenho é para que os moradores dos imóveis vizinhos voltem às suas casas”, afirmou. É o que espera o marinheiro aposentado Luiz Marques, de 53 anos, morador da casa na esquina da Rua Marco Aurélio de Miranda com a Avenida Protásio de Oliveira Penna. “Vou aguardar até amanhã (hoje) e, se ninguém se manifestar, vou consultar meu advogado para saber o que podemos fazer. Essa situação é de total desconforto e ninguém nos dá informação alguma”, diz o aposentado. Quatro imóveis estão interditados na região dos prédios condenados, sendo três prédios e uma casa.

Lacerda não quis falar sobre o laudo do segundo prédio do Art de Vivre, que decidirá pela demolição ou não, mas destacou que um dos principais problemas é que a Podium “fez grande corte vertical, sem medidas apropriadas, para construir mais dois prédios em seu terreno (que dá frente para a Avenida Protásio Penna)”. Lacerda confirmou, embora não tenha definido data, que exigirá com mais rigor projetos de construção e os impactos para o entorno. “Vamos verificar medidas de segurança e passar a exigir laudo geotécnico. Assim, diante de um problema como esse, com desabamentos e danos, todos podem cobrar seus direitos na Justiça”, afirmou.

Segundo o presidente do núcleo Minas Gerais da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS), Ivan Libânio Vianna, a estrutura do segundo bloco do Art de Vivre foi um pouco danificada com a demolição do primeiro prédio, mas não ficou comprometida além do ponto em que já estava. Oito técnicos estiveram ontem vistoriando o edifício e constataram que o solo continua se movimentando, porém, menos do que anteriormente, já que houve alívio no peso sobre o terreno.

“O terceiro prédio do conjunto afetado tem recuperação, desde que um pilar rachado seja reconstruído e o edifício receba escoras e cintas. Esse trabalho é relativamente simples, mas só pode ser feito depois da época das chuvas”, diz Libânio. O presidente da ABMS em Minas Gerais disse ainda que o prédio continua em risco, porém, não está mais em risco iminente, conforme estava antes da demolição do primeiro bloco. (Com Mateus Parreiras)
 


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