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Estado de Minas

Moradores de imóvel interditado no Buritis voltam para casa nesta sexta-feira

Sudecap faz muro de contenção em encosta e mais pessoas poderão voltar aos imóveis interditados na Avenida Protásio de Oliveira Penna


postado em 20/01/2012 11:05 / atualizado em 20/01/2012 12:50

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Os moradores de uma casa interditada na Avenida Protásio de Oliveira Penna, no Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte devem voltar para residência na tarde desta sexta-feira. O imóvel foi interditado por causa do risco de desabamento de prédios da Rua Laura Soares Carneiro que fica em cima de uma encosta.

Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), outros moradores dos prédios na mesma avenida também devem voltar para casa, mas o retorno vai depender do término de um muro de contenção que está sendo montado na encosta pela a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

A Comdec continua monitorando os riscos na rua onde um prédio desabou e outro foi demolido e técnicos vão indicar se há segurança para os moradores da avenida voltarem para os imóveis.

A Secretaria de Obras e Infraestrutura da capital ainda não tem um decisão sobre o segundo prédio do Condomínio Arte de Vivre, edifício vizinhos do que foi demolido na semana passada. Tudo indica que o prédio pode ser recuperado, mas a prefeitura ainda analisa laudos.

Relembre o caso

22/10
O Condomínio do Edifício Vale dos Buritis, de três andares, na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, é interditado no fim da tarde. Moradores chamaram a Defesa Civil municipal por temer um desmoronamento com o início do período chuvoso, já que havia trincas nos cômodos e no muro do 1º andar.

23/10
Cinco famílias são notificadas a deixar o Vale dos Buritis. Dois prédios vizinhos também são interditados: o Art de Vivre, onde quatro famílias moravam, e outro ainda em construção.

24/10
Justiça determina que construtora inicie as obras de revitalização do Vale dos Buritis em 24 horas, tomando como base a avaliação da Defesa Civil de que os prédios são impróprios para habitação. Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG) fazem visita ao local e atestam o problema, mas informam que apenas um laudo pericial iria indicar a real situação. Responsável pela Estrutura Engenharia informa que edifício nunca teve problemas estruturais e que reformas foram feitas quando surgiram as primeiras rachaduras.

25/10
Prédios são lacrados e moradores impedidos até de pegar objetos pessoais. A suspensão é determinada pela Defesa Civil depois de nova vistoria que constata agravamento da situação. Trincas e rachaduras são descobertas nos pilares. O risco de desabamento é iminente.

6/10
Defesa Civil emite alerta de pancadas de chuva na capital e aumenta a apreensão dos moradores donos dos apartamentos. Encostas dos fundos dos prédios são cobertas por lonas na tentativa de evitar deslizamentos de terra. Construtora desiste de recorrer da decisão judicial e informa que vai enviar equipe ao local para avaliar a necessidade de reparos.

27/10
Moradores denunciam que apartamentos foram saqueados durante a madrugada. Casas ao redor também são condenadas pela Defesa Civil, que amplia área interditada para passagem de pedestres e veículos. Para cumprir ordem judicial, Estrutura Engenharia solicita autorização da Defesa Civil para fazer obras de estabilização. Depois de madrugada de temporais em BH, coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil, visita prédios e conclui que perigo aumentou e Vale dos Buritis teria se afastado mais um palmo da rua.

28/10
Risco de deslizamento do barranco atrás dos edifícios aumenta. Defesa Civil ordena que casa e prédio que ficam na Avenida Protásio de Oliveira Penna sejam evacuados. Ao todo, 14 famílias saíram de suas residências. Equipamentos conhecidos como inclinômetros são instalados no interior do edifício para acompanhar o grau de movimentação.

29/10
Construtoras responsáveis pelos prédios – Estrutura e Podium – contratam empresas para avaliar movimentação do terreno e saber quanto os edifícios estão inclinando. Defesa Civil faz nova inspeção e moradores contratam vigilância privada para coibir novas invasões. Moradores são informados de que na terça-feira devem poder entrar nos apartamentos para pegar os pertences.

31/10
Tribunal de Justiça de Minas Gerias (TJMG) determina que construtora deve pagar moradia provisória a moradores de prédio Vale do Buritis. As famílias podem buscar um imóvel semelhante, na mesma região, com um limite mensal de R$ 1,5 mil, valor que será custeado pela construtora.

01/11
Construtoras acusaram PBH de negligência por falta de drenagem na rua do Buritis. Construtora diz que não é responsável por avarias no Buritis e vai recorrer de decisão

10/11
Começa o escoramento de prédio interditado no Buritis. Construtora diz que só vai pagar moradores do Buritis se for responsabilizada por interdição.

20/11
Rachaduras aparecem em quarto prédio no Bairro Buritis. Levantamento encomendado por moradores detecta pontos ocos de até dois metros de diâmetro nas proximidades de edifícios ameaçados de cair.

19/12
Chuva e deslizamentos no Buritis deixa alerta em prédios interditados.

29/12
Empresa concorda com demolição do prédio no Buritis. A Estrutura Engenharia se disse ciente do agravamento da situação do prédios que corre risco de desabar no Buritis.

02/01
Impasse entre moradores e construtora sobre demolição fica nas mãos da Justiça.

06/01
Moradores de mais um prédio no Buritis são orientados a deixar os apartamentos. a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil emitiu ordem de desocupação do edifício Condomínio Brisas do Vale. Fachada do Vale dos Buritis começa a cair.

08/01
Outra parte da fachada de prédio ameaçado no Buritis desaba com chuva. Moradores e construtora de edifício que ameaça desabar não chegam num acordo sobre demolição.

09/01
Justiça manda prefeitura demolir prédio interditado no Bairro Buritis.

10/01
Prédio Vale dos Buritis desaba.

11/01
Justiça determina demolição de edifício Arte de Vivre. Com silêncio da Construtura Pódium, prefeitura começa demolição começa a derrubada dois dias depois.
15/01
Termina demolição de primeiro prédio do Arte de Vivre e PBH analisa o destino do segundo edifício.

17/01
PBH acredita em recuperação do segundo prédio. Muro de contenção começa a ser feito na encosta debaixo da Rua Laura Soares Carneiro.


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