A previsão é de que 100 barracas cheguem às cidades mineiras e a Sapucaia, município fluminense vizinho a Além Paraíba, na quarta-feiraAinda não se sabe como será feita a divisãoAs barracas vêm em uma caixa, que contém também forro impermeável para o piso, cobertores térmicos, panelas, ferramentas, gorros e luvasA contrapartida exigida pela ONG é que as prefeituras as instalem em área com banheiro e cozinhaCriada em 2000, a ShelterBox é “adotada” pela rede internacional Rotary Club, com unidade em Além Paraíba.
Segundo o representante da ONG, David Hatcher, que visitou o Brasil para conhecer os locais atingidos pelas chuvas, já foram distribuídas 110 mil barracas em 70 países assolados por 160 desastres em 11 anos“Ao ver as tragédias, o criador das peças pensou em desenvolver algo resistente para abrigar pessoas em situações de emergência”, relata, citando o Haiti como um dos países atendidosNo Brasil, a ShelterBox já entregou suas doações no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco e Alagoas.
MEDO As prefeituras já tratam a transferência das famílias como algo certo, mas elas não querem trocar os atuais abrigos de concreto por lonas
Mas o maior medo de Cássia não é uma nova chuva capaz de levar a barraca ou as dificuldades com a mãeÉ o esquecimentoAs famílias levadas para as barracas da ONG no Rio, Espírito Santo e Pernambuco já foram retiradas, mas, em Alagoas, ainda há abrigados nas lonasDesde junho de 2010, quando as chuvas mataram 29 pessoas no estado, as famílias passam seus dias em barracas, à espera de novo lar.
O diretor da filial brasileira da ShelterBox, José Luiz Machado, diz que as autoridades são sempre avisadas sobre a condição provisória das barracas“Elas são feitas para abrigar pelo menor tempo possívelPrevemos um tempo máximo de dois anos para encontrarem um novo lar