Funcionário de uma empresa na Rua Funchal, a alguns metros da Rua Monteiro Lobato, no Bairro Ouro Preto, o supervisor técnico Samuel Roza, de 32 anos, está cansado do trânsito nas principais vias do bairro no início da manhã e fim da tarde. “De três anos para cá, frequentemente trava tudo nos horários de pico. Alguma mudança de circulação precisa ser feita para amenizar esses transtornos, como transformar a Rua Monteiro Lobato em mão única”, diz.
O pedido de Samuel representa um conflito no bairro. Moradores querem mudanças, enquanto comerciantes são contra um plano já anunciado pela BHTrans de transformar as ruas Mantena e Monteiro Lobato em mão única. A implantação está prevista para este semestre.
O Bairro Ouro Preto é apenas um dos exemplos onde o estrangulamento viário tira os moradores do sério. No Bandeirantes, entre as 7h e 9h, é impossível transitar, segundo um dos representantes da Associação Comunitária Viver Bandeirantes, Geraldo Carneiro. “Todo o tráfego dos bairros Trevo, Braúnas e de toda a região do Xangri-lá tem que passar por aqui. E as vias são as mesmas de vários anos atrás, o que impossibilita a infraestrutura de trânsito do bairro”, afirma Geraldo.
A mesma situação é vivida no Bairro Jaraguá. “O bairro é a principal rota de passagem entre a Cristiano Machado e a Antônio Carlos. O problema é que as vias são estreitas e não suportam o volume do tráfego, principalmente aquelas que ainda são mão dupla”, diz a presidente da Associação Comunitária dos Moradores da Região do Jaraguá, Waleska Barros Abrantes.