Jornal Estado de Minas

Polícia está perto do fim para encerrar inquérito sobre morte de procuradora

Restam poucos exames para conclusão dos laudos

Landercy Hemerson Valquiria Lopes
Delegada Renata Ribeiro Fagundes pedirá perícia complementar - Foto: Renato Weil/EM/D.A Press
O inquérito que apura a morte da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo deve ser concluído na segunda quinzena, diante da possibilidade de finalização antecipada dos laudos da perícia do Instituto de Criminalística e de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) nos corpos dela e do marido, o empresário Djalma Brugnara Veloso, suspeito de matá-la e de se suicidar horas depoisConforme antecipou o Estado de Minas, o legista responsável pela necropsia no corpo de Djalma já concluiu os trabalhos e a pendência se refere aos exames toxicológico e de consumo de álcool.

A delegada Renata Fagundes, responsável pelas investigações, disse que o fechamento do inquérito vai depender da análise de todos os exames técnicos, e não apenas de algumas partesSegundo ela, uma perícia complementar será realizada nesta semana na mansão da vítima, para determinar se a faca encontrada junto ao corpo de Djalma, na suíte de um motel na BR-040, é a mesma usada para matar a procuradoraRenata adiantou que vai pedir ao Ministério Público o arquivamento do caso, com a extinção da punibilidade do autorOntem, a chefe da perícia criminal do Instituto de Criminalística, Ângela Romano, informou que o laudo conclusivo só será encaminhado à delegada depois de realizada a investigação complementar na mansão

Exame

O laudo da necropsia no corpo de Djalma Brugnara não aponta o horário específico em que a morte ocorreuDe acordo com o legista Luiz Eduardo Toledo Avelar, responsável pelo exame, não foi possível determinar a hora exata, porque no momento em que a necroscopia foi feita o corpo já estava rígido“A medicina legal calcula o tempo com precisão até por volta de oito horas após a morteA partir desse momento, o corpo para de dar sinais e só é possível dizer que o óbito ocorreu há mais de oito horas”, explica.