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Estado de Minas

Justiça autoriza perícia imediata em prédio que desabou no Caiçara

Moradores temem que retirada de escombros atrapalhe trabalho da perícia e produção de provas


postado em 07/02/2012 16:53 / atualizado em 07/02/2012 17:36

Um homem morreu e a mulher dele ficou ferida no desabamento do prédio(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Um homem morreu e a mulher dele ficou ferida no desabamento do prédio (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
 

Os moradores de um prédio que desabou no início deste ano no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, que matou uma pessoa e deixou outra ferida, ganharam uma liminar na Justiça para que seja feita uma perícia imediata no local do desmoronamento. A decisão é do juiz Carlos Donizetti Ferreira da Silva, da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte. Como é de primeira instância, ainda cabe recurso.

Os proprietários dos apartamentos propuseram uma ação cautelar de produção antecipada de provas contra o município de Belo Horizonte, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e contra duas pessoas. Eles querem que o estudo seja feito no local para produzir provas que podem apontar a possível causa do acidente. Os moradores estão receosos com a retirada dos entulhos pelo Município de Belo Horizonte, pois pode ocorrer a perda do objeto a ser periciado.

Ao analisar o pedido, o juiz considerou o argumento dos proprietários de que as provas pretendidas são de cunho pericial, a serem realizadas através de um perito nomeado judicialmente. O magistrado reconheceu que “uma demora na realização da perícia poderá acarretar, com efeito, prejuízo na instrução efetiva da ação principal a ser proposta”. Ele nomeou o perito Eduardo Tadeu Pôssas Vaz de Mello para realizar os trabalhos.

Os moradores também terão o prazo de cinco dias para indicar um assistente técnico e apresentar seus quesitos.

O caso

O prédio de dois andares e dois blocos desabou em 2 de janeiro deste ano, na Rua Passa Quatro. O imóvel tinha oito apartamentos em cada bloco. Um casal foi soterrado. A mulher, Marisa Cunha de Moraes, de 46 anos, foi resgatada com diversos ferimentos e levada para o Hospital João XXIII. Já o homem, ainda não identificado, chegou a ser retirado com vida, mas teve uma parada cardiorespiratória e morreu a caminho do hospital.

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) informou que o prédio tinha histórico de problemas em sua estrutura. Só em 2011, os proprietários do imóvel foram notificados três vezes por problemas com ferragens expostas, ausência de rede de drenagem interna e infiltrações no esgoto.

Caso semelhante

Um caso parecido aconteceu em outra parte de Belo Horizonte. A Justiça também determinou que os escombros no edifício Vale dos Buritis, que desabou em 10 de janeiro deste ano, também seja deixado intacto. O amontoado de concreto armado, pedras e cabeamento, hoje faz parte da paisagem da Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, na Região Oeste da capital.


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