Jornal Estado de Minas

Faca usada para matar procuradora é a mesma encontrada com empresário em motel

Polícia ainda espera resultados de exames para concluir o inquérito. Caso seja comprovada a extinção da punibilidade do autor, o caso será arquivado

João Henrique do Vale Landercy Hemerson

- Foto: Arquivo pessoal

 

O resultado preliminar da perícia feita pela Polícia Civil indicou que a faca encontrada junto com o empresário Djalma Brugnara Veloso, 49 anos, em um quarto de motel no Bairro Olhos D’água, foi a mesma que assassinou a procuradora Ana Alice Moreira Melo, 35

Os policiais voltaram hoje à mansão onde a procuradora foi mortaForam feitas análises complementares no local, para constatar se a faca seria da casa Ainda são aguardados resultados de outros exames para o fechamento do inquéritoA delegada Renata Fagundes, responsável pelo caso, adiantou que vai pedir ao Ministério Público o arquivamento do caso, com a extinção da punibilidade do autor.

A faca foi encontrada junto com o empresário em uma suíte de motel - Foto: Reprodução/Polícia CivilO crime aconteceu na noite da última quarta-feiraO empresário chegou à mansão da família, no Residencial Villa Alpina, por volta de 20h30Na madrugada, houve uma discussão entre ele e a procuradoraDurante a briga, a babá que cuida dos dois filhos do casal, de 3 e 7 anos, levou as crianças para o banheiroA empregada relatou à PM que escutou muita gritariaPouco tempo depois, a funcionária deixou o banheiro e encontrou Ana Alice morta, com várias perfurações de faca no corpo.

O empresário fugiu em um Peugeot branco e foi para o motelEle chegou ao local por volta das 4h50, e como não fez nenhum pedido até a noite, funcionários suspeitaram que algo estava acontecendo dentro da suíte

Duas recepcionistas foram até o local e abriram a porta com uma chave reservaDjalma foi encontrado todo ensaguentado em cima da cama junto com uma faca

Laudos da polícia indicaram que o corpo do empresário tinha 28 perfurações, sendo seis mais profundas Os maiores ferimentos estavam no peito, na altura do coração, um de cada lado do pescoço, um no pulso e outro do lado interno de cada coxaPara a polícia, o golpe que culminou na morte do empresário foi no coraçãoPorém, a perícia não soube precisar em qual horário ocorreu o óbito.