Jornal Estado de Minas

TJ não concede liberdade provisória a mulher que jogou filha da Lagoa da Pampulha

O pedido será avaliado novamente pela Justiça depois que for juntado um documento com informações sobre a situação carcerária da mulher, no processo.O benefício só é dado aos presos que não teve nenhuma falta grave na prisão

João Henrique do Vale
A Justiça não concedeu o pedido de livramento para Simone Cassiano da Silva, de 35 anos, que foi condenada a oito anos e quatro meses de prisão por tentar afogar a própria filha na Lagoa da Pampulha
O juiz Guilherme de Azeredo Passos, da Vara de Execuções Criminais (VEC), pediu que um relatório da Comissão Técnica de Classificação (CTC), com informações sobre a situação carcerária da mulher, seja anexado ao processoO pedido será analisado novamente.

Simone já teria direito ao livramento condicional desde 25 de dezembro, ela tentou entrar com uma câmera escondida na penitenciária, disfarçada de chave de um carroO equipamento foi flagrado durante a revistaPara ter o benefício, o preso precisa de um atestado carcerário comprovando que ela não teve qualquer falta grave na prisão.

A Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade onde Simone está presa, tem um prazo de 10 dias para entregar os documentos, que serão encaminhados para avaliação do Ministério Público e do magistradoLogo depois, a avaliação do livramento da condicional será avaliado novamente.

Simone Cassiano foi presa em flagrante em 29 de janeiro de 2006, dois dias depois de jogar a filha na lagoa, dentro de um saco de lixo pretoA criança foi salva por um vigilante, que escutou o choro e pensou se tratar de um gatoO registro do resgate do bebê foi feito por um cinegrafista amador e as imagens correram o mundo inteiroA criança foi adotada por uma família de Belo Horizonte.