Jornal Estado de Minas

Julgamento de mais um integrante do Bando da Degola acontece nesta quarta-feira

O júri já havia sido adiado no final do ano passado por problemas de saúde do advogado do réu

João Henrique do Vale
Arlindo Soares Lobopor homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha - Foto: Sidney Lopes/EM/D.A.Press
O julgamento do estudante direito Arlindo Soares Lobo, acusado de integrar o Bando da Degola, um dos oito acusados de matar e decaptar dois empresários no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acontece nesta quarta-feira Ele seria julgado em dezembro do ano passado junto com o ex-cabo da Polícia Militar Renato Mozer, porém o seu advogado Marco Antônio Siqueira, alegou problemas de saúde e falta de condições para defender o clienteA sessão está marcada para começar às 8h30 no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette e será presidida pelo juiz Glauco Eduardo Soares FernandesO Ministério Público será representado pelo promotor Francisco de Assis Santiago

O estudante Arlindo Lobo foi pronunciado por homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha.  A primeira condenação da quadrilha aconteceu no fim de 2011 O ex-cabo da Polícia Militar, Renato Mozer foi condenado pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, ocultação de cadáver e formação de quadrilhaEle foi condenado a 59 anos de prisão em regime fechado.

Segundo o inquérito da Polícia Civil, a trama macabra do crime começou no dia 7 de abril, com a captura e tortura de RayderO empresário foi extorquido e ameaçado no próprio apartamentoAs mortes dele e do sócio aconteceram no dia 9Depois de matar as vítimas, integrantes do bando teriam cortado dedos e cabeças dos corpos, para dificultar a identificação

O líder do bando e estudante de direito Frederico Flores está preso, assim como Arlindo
Na mesma situação estão os cabos da PM Renato Mozer e André Bartolomeu e o garçom Adrian GrigorceaA médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evangélico Sidney Beijamin respondem o processo em liberdade