O julgamento de Arlindo Soares Lobo, acusado de integrar o Bando da Degola, foi adiado pela terceira vez. O júri popular estava marcado para esta quarta-feira, mas o advogado do estudante de Direito, Marco Antônio Siqueira, informou que na terça-feira foi anexado um laudo pericial da Polícia Civil aos autos do processo, o que o impediria de fazer a defesa sem conhecer o conteúdo do documento. Assim, o julgamento foi remarcado para 10 de maio.
Mais cedo, Marco Antônio Siqueira, disse que acredita que o cliente vai falar tudo que aconteceu e deve pagar pelos crimes que cometeu. O defensor está convicto de que Arlindo não foi responsável pelos homicídios. Disse que o réu participou da trama criminosa sob coação. Siqueira ainda disse que Arlindo pode denunciar, em depoimento no júri, a participação de mais pessoas no crime.
Segundo o inquérito da Polícia Civil, a trama macabra do crime começou no dia 7 de abril com a captura e tortura de Rayder. O empresário foi extorquido e ameaçado no apartamento. As mortes dele e do sócio aconteceram no dia 9. Depois de matar as vítimas, integrantes do bando teriam cortado dedos e cabeças deles, para dificultar a identificação.
O estudante Arlindo Lobo foi pronunciado por homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Na época do crime, ele cursava Direito. Hoje está detido no Presídio São Joaquim de Bicas II. Durante a fase de instrução e julgamento do processo Arlindo afirmou no tribunal que foi contratado como motorista de Frederico Flores, líder do Bando da Degola. Arlindo teria transportado os corpos das vítimas no dia dos homicídios. Ele confessou que esteve no apartamento no dia do assassinato dos empresários. Porém, Arlindo negou a participação no crime.
O líder do Bando da Degola Frederico Flores está preso. Na mesma situação, estão os cabos da PM Renato Mozer, já condenado, e André Bartolomeu que ainda aguarda o júri. O garçom Adrian Grigorcea também está detido aguardando a Justiça. A médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evangélico Sidney Beijamin respondem o processo em liberdade.
(Com informações de Iana Coimbra - TV Alterosa)