A discussão sobre a promoção de shows e eventos na Praça da Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, depois de sua reinauguração, prevista para abril, ganhou mais um elemento com projeto de lei do vereador Tarcísio Caixeta (PT) que cria um polo cultural na região. De acordo com a iniciativa, atividades culturais e artísticas seriam apresentadas na Savassi aos sábados e domingos, das 10h às 20h. Durante a semana, o horário dos eventos teria de se adequar ao fluxo de pedestres e veículos.
Em princípio, o projeto conta com o apoio dos moradores da região. De acordo com o presidente da Associação dos Moradores da Savassi e diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/Savassi) Alessandro Rucini, fazer da região um polo cultural só trará benefícios para quem mora e para quem trabalha na região. “A Savassi está pronta para isso. Tanto é que estamos nos organizando para fazer uma festa de reinauguração ainda em maio, com muitos eventos”, conta.
Alessandro acredita que a Savassi vai se tornar parte do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. “O turista vai poder ir a museus e exposições e depois comer, sentar e ouvir uma boa música na Praça Diogo Vasconcelos”, defende. Mas ele pondera: “Eventos de grande público, como foi o show do Monobloco na Praça da Liberdade no início do mês, em que o local foi danificado pelo público, não serão bem recebidos na Savassi, onde vai prevalecer atividades mais tranquilas e com um público menor”, aposta.
O vereador Tarcísio Caixeta diz que pretende ouvir moradores e comerciantes de toda a região para aprimorar o projeto. Nos próximos dias, ele vai promover uma audiência pública para discutir o assunto. “Temos de dimensionar os eventos para que não haja multidão e nem festas que denigram o espaço”, afirmou. Ele destaca que a ideia inicial é levar para a Savassi sessões de cinema, artes plásticas, quermesses, feiras de livros e outras ações que envolvam o poder público e a iniciativa privada.
Segundo ele, o Espaço Cultural Praça da Savassi deverá envolver o quadrilátero de quarteirões fechados e revitalizados, mas com proteção aos bens públicos e com a pronta aceitação de empresários e moradores