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Estado de Minas

Após briga, torcedores de Atlético e Cruzeiro vão doar sangue como medida educativa

A punição foi proposta pelo Ministério Público após o confronto das torcidas no início de fevereiro no Bairro Padre Eustáquio. Na ocasião, duas pessoas ficaram gravemente feridas e 20 pessoas foram detidas


postado em 28/02/2012 15:19 / atualizado em 29/02/2012 18:50

Depois de protagonizarem cenas lamentáveis de violência no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte, no início deste mês, torcedores do Atlético e do Cruzeiro vão dar um bom exemplo nesta quarta-feira. Como medida educativa, 50 integrantes das torcidas organizadas Esquadrão Atleticano e Pavilhão Independente (Cruzeiro) doarão sangue na Fundação Hemominas. Caso descumpram a determinação propostas pelas prórpias agremiações e acatada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os integrantes ficarão proibidos de entrar em qualquer estádio com bandeiras, instrumentos musicais e faixas que possam indentificar as torcidas.

O confronto entre as duas torcidas foi marcado pela internet e aconteceu na Praça São Vicente. Na briga, duas pessoas ficaram gravemente feridas e pelo menos 20 foram detidas. Um dos feridos teve trauma grave de face e o outro uma fratura do braço esquerdo e cortes na cabeça. Com os detidos foram apreendidos cerca de 10 bastões e duas facas.

Inicialmente, o MP definiu que as duas torcidas teriam de ficar afastadas dos estádios. Porém, durante uma reunião realizada em 16 de fevereiro entre o órgão, as polícias Militar (PMMG) e Civil do Estado de Minas Gerais, Federação Mineira de Futebol (FMF) e a Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec), ficou decidida a medida educativa.

Foi criada uma campanha designada de Torcida Solidária, com doação de sangue do dia 16 ao dia 29 de fevereiro deste ano. A Comoveec está monitorando as doações realizadas e entregará um relatório ao MP no prazo máximo de dez dias após o término das doações.

O promotor de Justiça Edson Antenor de Paula afirmou que o MP não vai tolerar as brigas entre as torcidas e não descarta a extinção das organizadas caso haja mais confrontos.


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