Jornal Estado de Minas

Servidores do Tribunal de Justiça de MG decidem hoje sobre paralisação de cinco dias

O prédio ocupado por mais de 200 funcionários no Centro de BH corre risco de desabamento

Maíra Cabral

Há cerca de 12 mil processos em cada andar do prédio - Foto: SERJUSMIG/ divulgação


Servidores da Justiça de Minas Gerais de Primeira Instância realizarão uma assembleia nesta quarta-feira para decidir sobre uma possível paralisação de cinco dias, a partir da data de hojeOs funcionários afirmam que o prédio ocupado por mais de 200 funcionários das Varas de Fazenda pública e Autarquias de Belo Horizonte corre risco de desabamento, segundo laudos técnicos.

Serão discutidas na assembleia geral extraordinária (AGE) a falta de segurança do prédio e a suspensão do trabalho interno até que fique pronto um novo laudo que avaliará a atual situação do edifícioSegundo o assessor da presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de Minas Gerais de Primeira Instância (Serjusmig) , em 2009 um lado revelou que não poderia haver mais de 7 mil processos em cada andarMas hoje o número chega a 12 milO excesso de peso e o mau estado de conservação provocaram infiltrações, rachaduras nas paredes, buracos no teto e vidros trincados no imóvel, informa o sindicato

A saída encontrada para os servidores foi contratar um perito para avaliar os riscos de desabamento do prédio, à Rua Gonçalves Dias, no Centro de Belo HorizonteA previsão é de que o laudo fique pronto na terça-feiraPor meio de votação, nesta quarta-feira às 12h30, eles devem decidir se haverá expediente até a conclusão do documento

 

Depois de um ato público da categoria, em 16 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu o expediente externo e os processos começaram a ser retirados dos andares sobrecarregadosMas os servidores continuaram trabalhando no edifício e os documentos apenas mudaram de lugar: estão sendo transferidos para o segundo subsolo, afirma o Serjusmig .

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) responsável pela engenharia do prédio afirmou, por meio da assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, que ainda não tem uma posição sobre o caso

Buracos no teto, infiltrações, rachaduras nas paredes e vdros trincados são alguns dos problemas do prédio, segundo o sindicato - Foto: SERJUSMIG/divulgaçao