Jornal Estado de Minas

Conselho Municipal de Política Urbana aprova construção de dois hotéis na Pampulha

Compur determinou que os empreendimentos poderão ter no máximo 40 metros de altura

João Henrique do Vale Guilherme Paranaiba

Um dos empreendimentos terá vista para o estádio Minierão - Foto: Euler Junior/EM/D.A.Press - 21/10/11

 

O Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) aprovou, na tarde desta quinta-feira, a construção de dois hotéis projetados para funcionar na Avenida Alfredo Camarate, no Bairro São Luiz, Região da PampulhaOs projetos dos empreendimentos provocam resistência de moradores da região, que são contra as obras.

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 O Compur fez ressalvas para a construção dos hotéisA mais importante estabelece altura máxima de 40 metros para os empreendimentosQuando o conselho divulgou a sua posição, o clima esquentouRepresentantes dos moradores não concordaram, o que deu início a uma discussãoEm contrapartida, pessoas ligadas aos empreendedores ficaram satisfeitos e chegaram a aplaudir o conselho

Os dois hotéis vão ser construídos a cerca de 700m da Igreja São Francisco de Assis e a 400m do Estádio Mineirão

Entenda o caso

As leis 9.952, conhecida como Lei da Copa, e 9.959, que revisou a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte, aprovadas em 2010, permitiram mudanças na Área de Diretrizes Especiais (ADE) da Pampulha, além da construção de mais andares em hotéis, para estimular o crescimento da infraestrutura hoteleira visando ao Mundial de 2014.

Três empreendedores aproveitaram a permissão e começaram a se movimentar para erguer hotéis na regiãoO Bristol Stadium Hotel prevê 13 andares e 334 unidades em seus 48 metros, além de 174 vagas de estacionamentoJá o Hotel Go Inn terá 15 andares, 375 unidades e 137 vagas de estacionamentoOs dois estão na Avenida Alfredo Camarate, Bairro São Luiz

O Bristol Skalla tem previsão de 15 andares e 176 unidades e está na esquina da Avenida dos Palmeiras e da Rua Roquete Mendonça, no Bairro São José.

A autorização do Bristol Skalla foi cassada pela prefeitura devido a um pedido do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha)Na ocasião, o prefeito Marcio Lacerda disse não entender como uma construção, que já estava em fase de fundação, foi autorizada a 300 metros da orla da Lagoa da PampulhaA PBH informou que o embargo da obra diz respeito à altimetria questionada pelo IephaO empresário responsável briga na Justiça pela retomada da obra.