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Estado de Minas

Polícia conclui que marido matou procuradora e pede arquivamento do caso

Com a confirmação de que o empresário foi o autor do crime e se suicidou em seguida, foi extinta a possibilidade de punição


postado em 01/03/2012 18:09 / atualizado em 01/03/2012 18:29

O crime aconteceu no início de fevereiro deste ano(foto: Reproducao/Facebook)
O crime aconteceu no início de fevereiro deste ano (foto: Reproducao/Facebook)
 

A polícia concluiu o inquérito que investiga o assassinato da procuradora Ana Alice Moreira Melo, 35 anos. Os investigadores confirmaram as suspeitas de que o marido da vítima, o empresário Djalma Brugnara Veloso, 49, encontrado morto horas depois do crime em um motel de Belo Horizonte, foi o autor do homicídio. Com a extinção da punibilidade, o documento foi entregue ao Ministério Público (MP), que deve arquivar o caso.

Durante as investigações ficou confirmado que a faca encontrada junto ao corpo de Djalma no motel tinha as mesmas características do conjunto de facas encontrado na casa do casal. O laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil feito no corpo da vítima constatou que ela sofreu politraumatismo ocasionado por feridas provocadas com um objeto cortante.

O crime ocorreu na madrugada de 2 de fevereiro deste ano. O empresário chegou à mansão da família, no Residencial Villa Alpina, em Nova Lima, na Grande BH, por volta de 20h30. Houve uma discussão entre ele e a procuradora. Durante a briga, a babá que cuida dos dois filhos do casal, de 3 e 7 anos, levou as crianças para o banheiro. A funcionária relatou à PM que escutou muita gritaria. Pouco tempo depois, ela deixou o banheiro e encontrou Ana Alice morta, com várias perfurações pelo corpo.

O empresário fugiu em um Peugeot branco e foi para o motel. Ele chegou ao local por volta das 4h50 e, como não fez nenhum pedido até a noite, funcionários suspeitaram que algo estava acontecendo dentro da suíte. Duas recepcionistas foram até o local e abriram a porta com uma chave reserva. Djalma foi encontrado todo ensaguentado em cima da cama. Ao lado do corpo estava uma faca.

Medidas protetivas

Antes de ser morta, a procuradora Ana Alice Moreira denunciou as ameaças feitas pelo marido dias antes do crime, na delegacia de Nova Lima. A denúncia foi encaminhada à Justiça pela polícia, mas a medida que protegeria a mulher não foi emitida antes do assassinato.

O advogado da procuradora chegou a pedir para o juiz titular da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Nova Lima, Juarez Morais de Azevedo, julgar a medida com urgência. O magistrado informou que iria tentar atender o pedido, mas que tinha que seguir com outros sete processos.

Às 18h30 de 2 de fevereiro, dia do assassinato, o juiz deferiu a medida protetiva e tentou encaminhar para a defesa de Ana Alice. No entanto, o advogado já não se encontrava no local. O pedido teria de ser protocolado e depois seria encaminhado ao Ministério Público, que iria intimar o empresário para apresentar as determinações judiciais que ele deveria seguir.


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