Família desaparecida após morte de mulher em suposta seita é encontrada em São Paulo

Já estão de volta a Belo Horizonte as cinco irmãs, o pai, de 81 anos, e a neta dele, de 4, que desapareceram em 26 de fevereiro depois da morte da mãe das mulheres. Há a suspeita que eles estariam participando de uma seita e que a idosa teria morrido por causa de um ritual. A família foi encontrada nessa segunda-feira, em São Paulo. A polícia vai pedir que o idoso e a criança sejam retirados da casa das mulheres. O inquérito, agora, será repassado à Delegacia de Homicídios, que deve apurar a morte.

As mulheres foram encontradas em São Paulo. Elas foram para a cidade com medo de represálias da população e dos vizinhos, embora afirmem que a mãe tenha falecido de morte natural. Lá eles foram acolhidas na casa de uma outra irmã, que após ser contatada pela Polícia Civil, os trouxe de volta para a capital mineira.

Nenhum dos envolvidos prestou depoimento formal à polícia. Entretanto, em conversa com os policiais, eles teriam negado a existência da suposta seita e dos rituais.

Segundo investigação preliminar da Polícia Civil, que ouviu vizinhos e familiares da vítima, rituais eram organizados pelas mulheres, que ficavam em jejum e não davam remédios à idosa, por acreditarem que podiam curá-la sem uso de medicamento.

Segundo a polícia, os rituais aconteciam no Bairro Ipanema, na Região Noroeste de Belo Horizonte. A mulher considerada a líder do grupo se arrastava pelo chão, uivava e rosnava. A casa onde as irmãs moravam foi deixada toda destruída, pois a líder falava que tudo que tocava tinha influência demoníaca. Por isso, as outras pessoas do grupo quebravam os objetos e até paredes da residência.