Em uma ação de afronta ao poder público em Belo Horizonte, jovens que se organizaram para promover uma festa na tarde deste sábado na Praça do Papa, Região Centro-Sul, tentaram mudar o endereço do evento, que foi barrado pela prefeitura. Um pequeno grupo se dirigiu ao Bairro Cidade Nova, Região Nordeste da capital, mas foi dispersado pela Polícia Militar e pelo Juizado da Infância e Juventude. Insatisfeitos, garantiram que iriam festejar na Praça da Liberdade.
“O poder público não está tirando o direito de ir e vir, de organizar manifestações pacíficas ou o direito de expressão de ninguém. Só estamos com o policiameto ostensivo para coibir o uso indevido do espaço público”, garante o comandante da 127ª Companhia do 22º Batalhão da Polícia Militar, tenente Fernando Braga. Segundo ele, seriam coibidos o comércio irregular, a obstrução de via de trânsito, a algazarra e o vandalismo.
A festa foi organizada por meio da internet, como nos movimentos conhecidos como flash mob. No começo da semana, das mais de 15 mil pessoas convidadas, mais de 4,5 mil haviam confirmado presença. Entretanto, na terça-feira foi anunciado pela prefeitura anunciou que iria tomar medidas para impedir o evento, que não possuía licença para acontecer. Uma semana antes, uma festa pós-carnaval realizada no Bairro Cidade Nova, no cruzamento das Ruas Amedee Peret com Júlio Otaviano Ferreira, deixou os moradores da Região revoltados com a baderna e o rastro de sujeira que se espalhou na área. Em fevereiro, a PBH já havia barrado outro evento semelhante, que ocorreria na Rua Cobre, no Bairro Anchieta.
Cerca de 20 jovens tentaram, em vão, promover nova festa no Cidade Nova nesta tarde. Informada sobre o movimento, organizado em repúdio à ação policial na Praça do Papa, a Polícia Militar foi até lá acompanhada do Juizado da Infância e Juventude. Foram encontradas no local onde o grupo se concentrou duas mochilas contendo bebidas alcoólicas, mas ninguém assumiu ser dono dos produtos, já que a maioria era menor de idade.
O grupo se dispersou garantindo ocupar a Praça da Liberdade, o que foi prontamente comunicado às autoridades. A reportagem do Estado de Minas constatou que o movimento lá era normal para uma tarde de sábado e não havia indícios de aglomeração.
Com informações de Glória Tupinambás e Márcia Maria Cruz