Jornal Estado de Minas

PM quer liberar festas marcadas pela internet desde que haja planejamento

A polícia vai conversar com jovens de BH sobre o que chamou "eventos espontâneos". PM também emitiu alerta sobre Saint Patrick's Day

Luana Cruz Fernando Zuba
A Polícia Militar (PM) anunciou na manhã desta quarta-feira que está traçando estratégias para conter a destruição deixada por festas organizadas na capital via internet, manifestações espontâneas chamadas flash mobs
No entanto, a corporação não quer proibir os eventosA intenção é marcar uma reunião com representantes dos jovens para conversar sobre as organizações das festas

Serão convocados integrantes de pastorais jovens e lideranças estudantis para conversar sobre o que a PM chamou de “eventos espontâneos”Conforme o coronel Rogério Andrade, é possível que as festas sejam liberadas, desde que haja planejamento

A PM se reuniu com Prefeitura de Belo Horizonte, Secretaria de Segurança Urbana e Patrimonial, Secretaria de Fiscalização, Promotoria de Defesa Social da Habitação e do Urbanismo do Ministério Público, Polícia Civil, Guarda Municipal, BHTrans, Vara Infracional da Infância e Juventude, além da Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais.

O primeiro evento flash mobs, a Cobre Folia, foi marcado para 10 de fevereiro, em frente à Fumec, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-SulA Polícia Militar, depois de uma reunião com o Ministério Público e a prefeitura, ocupou preventivamente o local e a festa não ocorreuO segundo foi a Cidade Love, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, e deixou rastro de vandalismoOs moradores repudiaram a baderna provocada no bairro

A terceira festa seria o bloco pós-carnaval “Vou passar a noite com elas”, marcada para acontecer na Praça do PapaNovamente, a PM ocupou o espaço onde aconteceria o evento e impediu a folia
Com o bloqueio, jovens se dirigiram ao Bairro Cidade Nova, mas foram dispersados pela PM e pelo Juizado da Infância e JuventudeInsatisfeitos, garantiram que iriam festejar na Praça da Liberdade, o que não aconteceu