O Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) anunciou ontem que pretende entrar na Justiça contra os responsáveis pela divulgação na internet dos locais de blitz em Minas Gerais
Não é só em Minas Gerais que há tentativas de coibir essas manifestações na internetNo Espírito Santo, a Justiça, a pedido do delegado Fabiano Contarato, da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito da Polícia Civil, determinou em janeiro que os provedores de internet retirassem do ar todas as páginas dos sites de relacionamento Facebook e Twitter que alertavam sobre operações policiais de combate à Lei Seca no estadoO juiz também determinou a quebra do sigilo cadastral dos responsáveis pelas páginas e dos usuários, para responsabilizá-los criminalmenteDeterminou ainda que os provedores monitorem as páginas para evitar casos semelhantes.
Em Goiás, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou, em janeiro, com uma ação na Justiça Federal pedindo o fim dos sites de relacionamento e páginas na internet que avisam sobre blitzes policiaisO órgão acionou o Twitter e os titulares das contas que avisam os seguidores sobre locais e horários das operações policiaisA alegação foi de que vários artigos do Código de Trânsito Brasileiro e do Código Penal estão sendo violadosPara a AGU, essa conduta agride diretamente a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas.
De acordo com o professor de direito penal Túlio Vianna, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), suspender os perfis que dão notícias sobre as blitzes atinge os direitos constitucionais de informar e ser informado