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Estado de Minas

Polícia autoriza família a abrir caixão para identificar vítima de acidente na BR-040

O delegado de Ipatinga, Geraldo Magela de Morais, é aguardado no cemitério da cidade para acompanhar os procedimentos. Rumores de trocas de corpos geraram confusão na cidade nesta manhã


postado em 19/03/2012 15:56 / atualizado em 19/03/2012 20:46

Parentes de outra vítima conseguiram, após grande confusão, abrir o caixão para identificar o corpo(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Parentes de outra vítima conseguiram, após grande confusão, abrir o caixão para identificar o corpo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
 

O delegado adjunto de Ipatinga, Geraldo Magela de Morais, autorizou, na tarde desta segunda-feira, que a família do operário Nivaldo José Lourenço, de 33 anos, uma das vítimas do grave acidente na BR-040, retire o caixão dele, que já foi enterrado no cemitério da cidade, para identificar o corpo. A suspeita sobre a troca de corpos gerou uma confusão na manhã desta segunda-feira, em Ipatinga, no Vale do Aço. Uma das famílias chegou a quebrar uma urna para tentar identificar as vítimas.

O delegado era esperado no cemitério Parque Senhora da Paz, para iniciar os procedimentos. A chegada dele estava prevista para as 14h, porém, ele não compareceu. Em contato com a reportagem, ele afirmou que estava em uma reunião. A exumação deve ocorrer somente nesta terça-feira.

Confira as imagens do velório

Durante a manhã, os parentes do mecânico de manutenção Gilberto de Souza Gonçalves, 51, outra vítima do acidente, velaram o trabalhador durante a noite, mas interromperam o sepultamento por causa da dúvida sobre o corpo. Por causa de rumores sobre trocas durante a preparação dos seis enterros dessa cidade, os parentes resolveram abrir o caixão.

Eles quebraram parte da urna e viram o corpo enrolado em um pano. Embora alguns irmãos tenham reconhecido Gilberto, a mãe negou ser o filho e a esposa ficou em dúvida. Uma confusão de quase uma hora e meia se instalou no cemitério e foi necessária a intervenção da Polícia Militar (PM). Os parentes acusaram a empresa Conenge de ter agilizado os sepultamentos sem conhecimento dos parentes. A família foi convencida a encerrar o enterro e depois procurar a delegacia, mas afirmou que vai pedir a exumação do corpo do mecânico.

Ao lado de Gilberto seria enterrado o corpo de Nivaldo. Diante da confusão, os parentes dele também exigiram a abertura do caixão, mas a urna já havia descido pela cova e estava coberta por cimento. A mãe de Nivaldo chegou a se posicionar em cima do buraco impedindo que os coveiros jogassem terra para finalizar o sepultamento.

No fim desta manhã, todos os 15 corpos já haviam sido enterrados nas cidades de Ipatinga, Belo Oriente, Ipaba, Vargem Alegre e Dores Gunhães. Tudo indica que os sepultamentos ocorreram normalmente em outras cidades.

Parte do veículo foi rasgada pela peça de aço que era transportada por uma carreta(foto: Sidney Melo/Portal Felixlândia)
Parte do veículo foi rasgada pela peça de aço que era transportada por uma carreta (foto: Sidney Melo/Portal Felixlândia)


O acidente

O ônibus da empresa Conenge, que seguia no sentido Paracatu/Paraopeba, estava atrás de um caminhão de carvão e, no sentido contrário, vinha a carreta, que transportava um imenso tubo de aço. O caminhão de carvão teria saído para o acostamento, para dar passagem à carreta. Interpretando o gesto como um sinal de ultrapassagem, o motorista do ônibus teria seguido para o meio da pista, quando colidiu com a carreta. Com o choque, o tubo invadiu a carroceria do ônibus e a partiu ao meio.

Veja as imagens do acidente


(Com informações de Luana Cruz)


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