Jornal Estado de Minas

Assaltantes fazem gerente de banco e família reféns em BH

O funcionário do banco chegava em casa, no Bairro Santa Inês. Ele trabalha na agência da Caixa Econômica na Rua Abílio Machado

Luana Cruz
Bandidos fizeram um gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) e família dele reféns
No fim da noite de quinta-feira, o funcionário do banco chegava em casa, no Bairro Ana Lúcia, divisa de Belo Horizonte e Sabará, quando foi abordado por criminosos armados

A esposa do funcionário do banco, a filha de 20 anos e a empregada da casa estão sob poder dos assaltantesSegundo o delegado Islande Batista, o bancário trabalha na agência da Avenida Abílio Machado, na Região Noroeste de BHEle foi levado para a agência na manhã desta sexta-feira, mas ainda não há informações de valores roubados

Os homens levaram o Citroen do gerente com as refénsEquipes das polícias Militar, Civil e Federal estão empenhadas no casoO funcionário foi abandonado na agênciaNa porta do banco há um aviso aos clientes de que não haverá atendimento nesta sexta-feira

Policiais federais foram para a agência ajudar o gerente a negociar, pelo telefone, a libertação da famíliaOs suspeitos estão rodando de carro com as vítimas, mas mantêm contato com o bancário


“Crime do Sapatinho”

Os assaltos em que bandidos fazem gerentes e famílias reféns, para obrigá-los a entregar dinheiro do banco, são conhecidos no meio policial como “crime do sapatinho”De acordo com o delegado, são assaltos muito parecidos, onde as ameaças ao funcionário são o meio para chegar ao dinheiroO maior assalto da história de Minas Gerais, no qual foram levados mais de R$ 45 milhões da Embraforte, aconteceu nesse mesmo estilo

O assalto foi na manhã de 4 de setembro de 2010Cerca de 20 bandidos participaram da ação, que teve início na noite anterior com o sequestro do tesoureiro, o chefe de segurança e o chefe de administração da transportadora de valores, que fica na Rua Major Lage, Bairro Ouro Preto, na Pampulha, Norte da capitalOs bandidos levaram também os familiares dos funcionários que ficaram reféns por cerca de 12 horas num sítio em Ribeirão das Neves, na Grande BHDepois foram até a empresa para buscar o dinheiro ameaçando os reféns

(Com Fernando Zuba)