A família do gerente da Caixa Econômica Federal mantida refém nesta sexta-feira foi libertada em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ainda não informações de como foram liberados, mas segundo o delegado Islande Batista, passam bem e não foram feridos pelos criminosos. Nenhum suspeito do crime foi preso.
No fim da noite de quinta-feira, o funcionário chegava em casa, no Bairro Ana Lúcia, divisa de Belo Horizonte e Sabará, quando foi abordado por criminosos armados.
Os criminosos levaram o Citroen do gerente com as reféns. Equipes das polícias Militar, Civil e Federal estão empenhadas no caso. Na porta do banco há um aviso aos clientes de que não haverá atendimento nesta sexta-feira.
Policiais federais foram para a agência ajudar o gerente a negociar, pelo telefone, a libertação da família. Os suspeitos rodaram de carro com as vítimas, mas mantiveram contato com o bancário.
“Crime do Sapatinho”
Os assaltos em que bandidos fazem gerentes e famílias reféns, para obrigá-los a entregar dinheiro do banco, são conhecidos no meio policial como “crime do sapatinho”. De acordo com o delegado, são assaltos muito parecidos, onde as ameaças ao funcionário são o meio para chegar ao dinheiro. O maior assalto da história de Minas Gerais, no qual foram levados mais de R$ 45 milhões da Embraforte, aconteceu nesse mesmo estilo.
O assalto foi na manhã de 4 de setembro de 2010. Cerca de 20 bandidos participaram da ação, que teve início na noite anterior com o sequestro do tesoureiro, o chefe de segurança e o chefe de administração da transportadora de valores, que fica na Rua Major Lage, Bairro Ouro Preto, na Pampulha, Norte da capital. Os bandidos levaram também os familiares dos funcionários que ficaram reféns por cerca de 12 horas num sítio em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Depois foram até a empresa para buscar o dinheiro ameaçando os reféns.