Jornal Estado de Minas

Hospital informa que não há suspeita de Doença da Vaca Louca em BH

Doença pela qual engenheiro teria sido contaminado e "Vaca Louca" fazem parte do mesmo grupo e estão relacionadas ao mesmo tipo de proteínas, mas são distintas, com modos de transmissão e quadro clínico diferentes

Emerson Campos

A possibilidade de contaminação pela Doença da Vaca Louca não é investigada pela equipe médica que trata o engenheiro de 64 anos internado no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte

A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira pelo DrRodrigo Santiago Gomez, chefe do Serviço de Neurologia do hospital.

Em nota, Santiago Gomez esclareceu que o diagnóstico suspeito para o paciente é de "Doença de Creutzfeldt-Jakob" (DCJ), e não de "nova variante da DCJ", sendo que apenas esta última está associada à encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como "doença da vaca louca"Ambas pertencem a um mesmo grupo de doenças, conhecidas como priônicas, por terem como agente causal os príons (um tipo peculiar de proteína)No entanto, elas são distintas, com modos de transmissão e quadro clínico diferentes

Ao contrário do que acontece no Mal da Vaca Louca, a DCJ não é transmitida pelo consumo de carne bovina contaminadaCom cerca de um caso anual a cada um milhão de pessoas, a DCJ pode ser de origem genética ou transmitida por contaminação cirúrgica

Apesar de descartar as investigações sobre a 'Vaca Louca', Santiago lembrou que ainda não há uma confirmação sobre qual doença neurológica atinge o paciente e destacou que "todas as providências estão sendo feitas para que se identifique o diagnóstico e seu agente causal".