Jornal Estado de Minas

Irmão do menino Pedro Arthur aguarda, em estado grave, vaga de UTI neonatal

O garoto nasceu no sábado com sérios problemas respiratórios, mas a família não consegue vaga para UTI em BH

Luana Cruz
Mais um desafio para a família do menino Pedro Arthur Diniz Silva, de 8 anos, que mobilizou Minas Gerais por causa de seu problema de saúde, desde que contraiu a meningite bacteriana, ficou tetraplégico e com dificuldades respiratórias
Dessa vez, a dificuldade é com o irmão de Pedro, o pequeno Bernardo de apenas um dia de vidaA mãe deu à luz nesse sábado, na Maternidade Santa Fé, em um parto que foi adiantado por causa da diabetes da gestante

De acordo com o pai dos garotos, Rodrigo Diniz, o bebê nasceu com sérios problemas respiratórios e precisa de uma Unidade de Tratamento intensivo (UTI) neonatalPorém, o pai alega que não há vaga no hospital onde o menino nasceuA família já tentou disponibilidade na Santa Casa, Hospital João XXIII e Maternidade Otaviano NevesSegundo Diniz, nenhuma das unidades têm vaga para o recém-nascido“Ele piorou muito hoje à tardeA médica disse que se não for para UTI pode morrer”, conta o pai

Segundo relato do pai, o parto aconteceu no Santa Fé, um hospital particular, porque os amigos dele fizeram uma “vaquinha” e ajudaram a pagar a internação da mãePortanto, para continuidade do tratamento do bebê é necessário vaga em unidade pública, porque a família não tem condições de pagar hospital privado


A Secretaria Municipal de Saúde informou que o menino foi cadastrado na Central de Leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) às 12h30 deste domingoCom a inscrição, ele aguarda oficialmente a uma vaga em hospitais da capitalConforme o padrão de atendimento, recém-nascidos tem prioridade nessa lista de esperaA secretaria disse que não está medindo esforços para conseguir uma vaga para Bernardo, porém não pode dar uma previsão para a transferênciaEnquanto aguarda vaga, o menino respira com a ajuda de aparelhos no Santa Fé

Relembre a história de Pedro Arthur

Desde que contraiu a meningite bacteriana, com 1 ano e seis meses, Pedro Arthur ficou tetraplégico e não conseguia puxar o ar aos pulmõesEle utilizava um tubo atravessado na traqueia, conectado a um equipamento que lhe permitia respirarDepois de briga na Justiça conseguiu fazer uma cirurgia raraFoi é a 1ª criança na América do Sul a ter implantado um marca-passo diafragmático para dispensar o uso de respirador mecânico