O investigador Gustavo Mariz explica que cada nova vítima passa pelo mesmo procedimentoA mulher é ouvida, logo depois Meyer é interrogado sobre aquele crime com base nas informações da obtidasEm seguida, acontece o reconhecimento, em um local onde a mulher vê o agressor, mas ele não pode vê-la
Como esse procedimento deve ser feito para todas as mulheres, a polícia ainda não pode fechar o número de vítimas de MeyerEstima-se que sejam 13 mulheres estupradas pelo maníaco que agia, principalmente no Bairro Anchieta Segundo Mariz, as vítimas ainda vão aparecer aos poucosEle conta que uma das mulheres foi até a delegacia, mas desistiu da denúncia porque não conseguiu cumprir todas as etapas do procedimento
“Muitas delas não estão sabendo lidar com a situaçãoNum primeiro momento, querem denunciar com a intenção de punir o estuprador. Mas, na hora do interrogatório ficam insegurasTem uma vítima que já estava recuperada do trauma do estupro após anos de terapiaAgora, com o reconhecimento do agressor, voltou a fazer tratamento médico”, relata MarizNa quinta-feira, a polícia vai pedir a prisão preventiva de Meyer
ENTENDA O CASO
- Em 28 de março, uma mulher de 26 anos, moradora do Bairro Anchieta, passa de carro e reconhece Pedro Meyer Ferreira como o homem que a estuprou em 1997 no Bairro Cidade Nova, quando ela tinha 11 anos.
- Depois de seguir Pedro até o prédio onde ele morava, a jovem liga para o pai e pede a ele para chamar a polícia.
- Uma equipe da PM vai até o local, detém o ex-bancário e o leva à Delegacia de Mulheres, onde ele confessa o estupro da jovem que o reconheceu e diz ter atacado mais duas mulheres na década de 1990.
- A Delegacia de Mulheres apresenta Pedro Meyer, e a divulgação das imagens do acusado faz com que mais vítimas o reconheçamA polícia calcula que ele seja responsável por pelo menos 13 crimes sexuais.
- É montada uma força-tarefa para ouvir as vítimas do acusadoAs três mulheres que prestaram depoimento, estupradas em 1996, reconhecem oficialmente Pedro Meyer como autor do estupro.
- Duas vítimas desistem de prestar depoimento por problemas psicológicos