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Estado de Minas

Número de vítimas do Maníaco do Anchieta pode superar a estimativa da polícia

Mais mulheres devem se apresentar até o fim da semana para reconhecer o acusado


postado em 11/04/2012 06:00

Pedro Meyer mostrou marcas das agressões que sofreu na prisão(foto: Leandro Couri/Esp. EM/D.A Press)
Pedro Meyer mostrou marcas das agressões que sofreu na prisão (foto: Leandro Couri/Esp. EM/D.A Press)

O número de mulheres estupradas pelo ex-bancário Pedro Meyer Ferreira, de 57 anos, pode superar a estimativa inicial da delegada Margaret Assis Rocha, chefe da Divisão Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Deficiência, de 13 vítimas. Segundo a policial, mais mulheres devem se apresentar até o fim da semana para reconhecer o acusado. Ao todo, ainda de acordo com a policial, seriam 15 vítimas. A delegada acrescentou que tem provas de que o estuprador começou a agir em 1990 e que teria ficado impune por 22 anos, o que também contribui para o aumento do número de crimes sexuais praticados por ele.

O investigador Gustavo Mariz concorda com a delegada, estima que o número de vítimas aumente nos próximos dias e revelou que uma mulher foi até a delegacia mas desistiu da denúncia por causa do abalo emocional. "Muitas delas não estão sabendo lidar com a situação. Num primeiro momento, querem denunciar com a intenção de punir o estuprador, mas na hora do depoimento ficam inseguras. Uma vítima, que já estava recuperada do trauma do estupro após anos de terapia, fez o reconhecimento de Pedro Meyer e teve de voltar a fazer tratamento médico", contou o policial.

Nessa terça-feira, Pedro foi reconhecido por mais uma mulher, a quinta vítima a identificar o ex-bancário como o autor de estupros. Ela informou que foi atacada há 15 anos no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte. O procedimento para a identificação oficial do suspeito foi o mesmo adotado nos depoimentos das quatro primeiras vítimas. A mulher compareceu à delegacia e prestou depoimento. Em seguida, com base nas informações dadas pela vítima, o suspeito foi interrogado sobre o crime do qual está sendo acusado. Depois, foi feito o reconhecimento. O agressor foi para uma sala ao lado de três homens com características físicas semelhantes e visto pela vítima, através de um espelho.

Violência na cadeia

Magro, com a cabeça raspada e com muitas marcas de espancamento em várias partes do corpo, Pedro Meyer chamou a atenção de quem estava na Delegacia de Mulheres ontem. Em silêncio, o preso levantou a camisa e a calça do uniforme de presidiário para mostrar como foi agredido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O advogado do ex-bancário não quis fazer comentários sobre os atos de violência contra seu cliente, informando apenas que vai processar o estado. Ele não informou se Meyer continua sendo agredido no presídio ou se as marcas mostradas por ele ontem são antigas, dos primeiros dias de prisão.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) , questionada sobre o estado de saúde do ex-bancário, informou que ele foi submetido a exame de corpo de delito em 31 de março, depois de denúncias de agressões praticadas por outros detentos companheiros de cela e disse desconhecer novas agressões. A Sedes acrescentou que Pedro, depois de ficar isolado dos demais detentos durante o período da semana santa, divide uma cela com outros acusados de estupro.


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