No ataque contra as duas mulheres que apareceram na delegacia de surpresa, acontecido em 1990, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de BH, Pedro usou uma tática diferente das outras vítimas. Segundo o investigador Gustavo Mariz, as duas meninas, que na época tinham 7 e 8 anos, entraram no prédio e se depararam com o ex-bancário que já se encontrava lá dentro. Para ganhar a confiança das duas, ele ofereceu um balão. “Era a época em que iria acontecer um show da Xuxa no Mineirinho e ele usou desse subterfúgio para se aproximar das crianças”, diz o investigador.
As mulheres contam que foram levadas para o último andar do prédio, onde ocorreram os abusos. “As mulheres demoraram a denunciar por falta de informação. Elas acreditavam que, em função de não ter consumado o estupro, elas não deveriam denunciar”, diz Gustavo Mariz, que alerta. “As vítimas que estiverem nesta situação também devem procurar a polícia”.
O ex-bancário chegou a voltar ao local onde abusou das garotas e chegou a atacar a menina mais velha pela 2ª vez. Ao tentar retornar ao prédio, as crianças alertaram os vizinhos, que tentaram prendê-lo, sem sucesso.
Mais uma vítima
A terceira pessoa a prestar depoimento entrou em contato com a delegacia de mulheres na última segunda-feira. Em depoimento, a vítima afirmou que foi abusada por Pedro quando ela tinha 12 anos. O ataque, segundo ela, aconteceu no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital.
O método para o ataque seria o mesmo usado nos outros crimes. Ele abordou a garota e a levou para as escadas do prédio. Neste caso, também não chegou a consumar o estupro. “Pedro tem uma dificuldade de ereção. O abuso tem que ser regado de atos libidinosos para ele ter a possibilidade de ereção. Muitas vezes ele não chegou a este estágio devido aos locais movimentados”, explica Gustavo Mariz.