A investigação do erro de medicamentos dados a Alan Breno Castro Novais, de 2 anos, deve avançar nesta sexta-feira com os primeiros depoimentos sobre o caso. A Polícia Civil intimou a mãe do garoto, Érica Aparecida de Castro, e o diretor do Hospital São Camilo para depor na 1ª Delegacia da Seccional Leste. Alan foi levado ao hospital no domingo para fazer tomografia depois de sofrer queda em casa. Na unidade de saúde, em vez de sedativos, uma técnica em enfermagem deu ao menino ácido tricloroacético, usado para remoção de verrugas. Com queimaduras na boca, garganta e esôfago, a criança foi transferida para o Hospital Felício Rocho, onde foi submetido a duas cirurgias.
A mãe do menino, Érica Aparecida de Castro, de 31 anos, disse estar esperançosa com a melhora do filho. "Ele saiu da sedação e está respondendo, já está mais corado. Ontem ele pegou na minha mão e ficou olhando pra gente", contou.
O caso do garoto não é fato isolado. Erros na medicação provocaram a morte de um bebê de menos de um mês de vida no Hospital Municipal de Contagem, em março. O recém-nascido teria recebido leite materno na veia em vez de soro. A investigação do caso ainda não foi concluída. Em dezembro, um caso semelhante terminou com a morte de Kauê Abreu dos Santos, com 13 dias de vida, num hospital em São Paulo. A Secretaria Municipal da Saúde informou que uma auxiliar de enfermagem do hospital envolvida no erro foi demitida e foi instaurado processo administrativo para apurar os procedimentos adotados.