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Estado de Minas

Diretor de hospital e mãe de menino que recebeu ácido depõem nesta sexta

De acordo com boletim médico, Alan permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI)


postado em 13/04/2012 06:00 / atualizado em 13/04/2012 08:40

A investigação do erro de medicamentos dados a Alan Breno Castro Novais, de 2 anos, deve avançar nesta sexta-feira com os primeiros depoimentos sobre o caso. A Polícia Civil intimou a mãe do garoto, Érica Aparecida de Castro, e o diretor do Hospital São Camilo para depor na 1ª Delegacia da Seccional Leste. Alan foi levado ao hospital no domingo para fazer tomografia depois de sofrer queda em casa. Na unidade de saúde, em vez de sedativos, uma técnica em enfermagem deu ao menino ácido tricloroacético, usado para remoção de verrugas. Com queimaduras na boca, garganta e esôfago, a criança foi transferida para o Hospital Felício Rocho, onde foi submetido a duas cirurgias.

De acordo com boletim médico da instituição, Alan permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI), com quadro estável, e a previsão é de que hoje ele comece a se alimentar por sonda gástrica. O garoto deve permanecer em observação na UTI nas próximas duas semanas e a equipe médica ainda não avaliou a possibilidade de sequelas. "O paciente não apresenta febre nem sinais de infecção. Após o retorno do bloco cirúrgico (na quarta-feira), dormiu bem durante a noite, fator que favorece bastante o processo de cicatrização. Respira sem ajuda de aparelhos e não apresenta sinais de dor. As funções vitais estão preservadas e normais", diz o boletim médico.

A mãe do menino, Érica Aparecida de Castro, de 31 anos, disse estar esperançosa com a melhora do filho. "Ele saiu da sedação e está respondendo, já está mais corado. Ontem ele pegou na minha mão e ficou olhando pra gente", contou.

O caso do garoto não é fato isolado. Erros na medicação provocaram a morte de um bebê de menos de um mês de vida no Hospital Municipal de Contagem, em março. O recém-nascido teria recebido leite materno na veia em vez de soro. A investigação do caso ainda não foi concluída. Em dezembro, um caso semelhante terminou com a morte de Kauê Abreu dos Santos, com 13 dias de vida, num hospital em São Paulo. A Secretaria Municipal da Saúde informou que uma auxiliar de enfermagem do hospital envolvida no erro foi demitida e foi instaurado processo administrativo para apurar os procedimentos adotados.


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