De acordo com a Polícia Civil, a técnica de enfermagem contou que ministrou o medicamento após pegar a receita com a médicaEla pediu o sedativo para a supervisora na farmácia do hospital, mas esta disse que não precisava cedê-lo, pois o remédio já estava na enfermaria A mulher, então, pensou que fosse um medicamento genérico“ Vamos apurar como que esse remédio foi parar lá”, afirma a delegada
O diretor técnico da unidade de saúde, Olival Lacerda de Oliveira, também esteve na delegacia hoje para acompanhar o depoimento da funcionáriaEle já tinha se apresentado à delegada na segunda-feira e afirmou que a troca foi uma fatalidade, devido à semelhança dos medicamentos“Normalmente ficam em locais distantes e, por uma fatalidade, esse frasco, neste dia, estava em uma mesma bancada”, alegou o diretor técnico
A médica que atendeu o garoto no Hospital São Camilo, em 8 de abril, também foi ouvidaÀ polícia, ela disse que, quando tomou conhecimento da ministração da medicação errada, determinou, sob orientação do setor de Toxicologia do Hospital João XXIII, que a boca da criança fosse lavada e ela fosse ainda medicada com dipirona na veia
Relembre o caso
Alan recebeu o ácido no Hospital São Camilo, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, quando se preparava para fazer uma tomografia após bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda NovaA técnica em enfermagem trocou os remédios e ministrou, em vez de um sedativo, um ácido para cauterizar verrugasA profissional está afastada do cargo enquanto o hospital investiga o ocorrido
No início da noite dessa segunda, Alan saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi transferido para um quarto do Hospital Felício RochoSegundo o último boletim médico, o menino se recupera bem e não apresenta febre ou infecçãoAgora no quarto, Alan receberá o acompanhamento dos pais em tempo integral
A criança ainda se alimenta através de uma sondaUm novo exame de endoscopia digestiva, para verificar a cicatrização da região que sofreu queimaduras, será feiro em um prazo de 10 a 14 diasDependendo do resultado, Alan poderá voltar a ingerir alimentos líquidos por via oralA expectativa é de que o menino tenha alta do hospital em até uma semana.