Logo cedo, por volta das 7h30, a Avenida Cristiano Machado se revela uma aliada de quem vai para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Em 38 minutos, é possível fazer o trajeto de 42 quilômetros desde a Praça Sete, no Centro, até Confins, na Grande Belo Horizonte. O caminho, entretanto, já foi mais “curto”. Em 2010, o Estado de Minas gastou 35 minutos para fazer o mesmo percurso. Mas na volta para a capital, a situação muda de figura e passar pela avenida mais movimentada da cidade, com fluxo de 125 mil veículos por hora, pode significar atraso. Ontem, ao sair às 9h de Confins, foram gastos 45 minutos até a Praça Sete, seis a mais em relação à medição de dois anos atrás.
Às 8h, enquanto os carros passam por uma pista livre, do outro lado, veículos fazem velocidade de tartaruga. A situação tende a se inverter às 18h, quando a pista em direção a Confins fica mais engarrafada e já deixou Érica Fruk, de 54 anos, no aperto. “Quase perdi o voo e cheguei ao aeroporto em cima da hora de o avião decolar”, conta a bibliotecária, que passou a eleger as avenidas Antônio Carlos/Pedro I como rota preferencial ao terminal aéreo. Seja na ida ou na volta do aeroporto, a Linha Verde conseguiu manter, ao longo dos dois anos, como um trecho de via expressa e altas velocidades.
Radares
Uma das alternativas para compensar o atraso na viagem adotada pela prefeitura foi a retirada de pelo menos quatro radares na Cristiano Machado. Ainda assim, melhor não pisar no acelerador. Ao todo, até Confins, são nove controladores de velocidade na ida e oito na volta, com limites que variam entre 60 e 70km/h, na Cristiano Machado, e 110km/h, na Linha Verde. Apesar da onda de sinais verdes, semáforos também têm de ser considerados no tempo de viagem, já que são 18 ao longo da via, quantidade menor em relação a 2010.
As retenções se concentram nas proximidades do Minas Shopping, no cruzamento com a Rua Jacuí, no Bairro Ipiranga, na Região Nordeste, e mais à frente, na Avenida Waldomiro Lobo, na entrada dos bairros São Bernardo e Guarani, na Região Norte. Mas, de longe, o pior trecho atualmente, fica nas proximidades da Avenida Vilarinho, por causa da ampliação da estação do metrô e construção de um shopping. É retenção na certa e que, no ponteiro do relógio, atrasou a viagem em cinco minutos na ida e em seis minutos na volta. Outro empecilho no trajeto em direção a BH é na altura do Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, por causa da obra do BRT, cones estreitam a pista de três faixas.