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Estado de Minas

Polícia ouve mais envolvidos no caso do menino que ingeriu ácido em hospital

O teor dos depoimentos não será divulgado para não atrapalhar as investigações


postado em 18/04/2012 18:05 / atualizado em 18/04/2012 19:22

A polícia ouviu na tarde desta quarta-feira mais dois funcionários do Hospital São Camilo que trabalhavam no local no dia em que o menino Alan Bruno Castro Novais, de 2 anos, recebeu ácido em vez de um sedativo. Prestaram depoimento uma técnica de enfermagem e um médico que fez o atendimento ao garoto na unidade. Até a sexta-feira, mais seis pessoas devem ser ouvidas.

De acordo com a Polícia Civil, a delegada Maria Helena Resende informou que o teor dos depoimentos não será mais divulgado para não atrapalhar as investigações. A delegada só vai se manifestar sobre o caso na próxima semana.

Na terça-feira, a técnica em enfermagem Karla Andrea de Oliveira Maron, de 45 anos, responsável por ministrar a medicação errada, e a médica Ester Ramos Ribeiro, 31, que estava de plantão no dia do atendimento da criança, também prestaram depoimento. A técnica de enfermagem disse que ministrou o medicamento depois de pegar a receita com a médica. Segundo ela, ao solicitar o remédio à supervisora da farmácia do hospital, foi informada que a medicação já estava disponível na enfermaria. No local, ao ver uma embalagem diferente, a técnica de enfermagem pensou que se tratasse de um medicamento genérico e o ministrou à criança.

A médica, por sua vez, declarou que, assim que tomou conhecimento do erro na medicação de Alan Bruno, prestou os primeiros atendimentos, sob a orientação de especialistas do setor de toxicologia do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, com quem entrou em contato para pedir ajuda. Ela foi orientada a lavar a boca de Alan e a ministrar o analgésico dipirona na veia da criança.

Relembre o caso

Alan recebeu o ácido no Hospital São Camilo, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, quando se preparava para fazer uma tomografia após bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. A técnica em enfermagem ministrou, em vez de um sedativo, um ácido para cauterizar verrugas. A profissional está afastada do cargo enquanto o hospital investiga o ocorrido.

No início da noite de segunda, Alan saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi transferido para um quarto do Hospital Felício Rocho. Segundo o último boletim médico, o menino se recupera bem e não apresenta febre ou infecção. Agora no quarto, Alan receberá o acompanhamento dos pais em tempo integral.

A criança ainda se alimenta através de uma sonda. Um novo exame de endoscopia digestiva, para verificar a cicatrização da região que sofreu queimaduras, será feiro em um prazo de 10 a 14 dias. Dependendo do resultado, Alan poderá voltar a ingerir alimentos líquidos por via oral. A expectativa é de que o menino tenha alta do hospital em até uma semana.


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